A marca brasileira de relógios Vittorino Watches está se preparando para um grande salto internacional. A empresa, fundada em 2021, anunciou planos concretos para começar a vender seus produtos nos Estados Unidos a partir do primeiro semestre de 2026. A expansão representa um marco estratégico para a grife, que já demonstrou solidez no mercado doméstico.
Trajetória de sucesso e ambição internacional
A Vittorino Watches nasceu em 2021 a partir de um investimento inicial de 50 mil reais feito pelo seu fundador e CEO, Vitor Sequeira. Em um intervalo de poucos anos, a empresa alcançou um faturamento impressionante, ultrapassando a marca de 1 milhão de reais até julho de 2025. Esse crescimento robusto no Brasil serve agora como trampolim para a ambição global da marca.
O CEO Vitor Sequeira enxerga os Estados Unidos não apenas como um novo mercado, mas como um passo natural e crucial para o posicionamento da marca. "Os Estados Unidos representam um passo natural: é um mercado maduro, com forte cultura de consumo, e que valoriza marcas com identidade e consistência", explica o empresário. Ele ressalta que o objetivo vai além da simples expansão geográfica: "Mais do que expansão, é posicionamento. Queremos crescer, mas crescer certo".
Desafios logísticos e a cultura de consumo americana
Sequeira é franco ao apontar os principais obstáculos que a empresa enfrentará. O desafio operacional mais imediato é a logística para envio dos produtos para o exterior. No entanto, esse desafio é contrabalançado por uma grande oportunidade: o próprio comportamento do consumidor americano.
"O mercado americano costuma ser mais acirrado, porém mais justo, a seu ver", analisa o CEO. Ele destaca que, ao sair do país de origem, a margem para erros diminui significativamente. Projetos e estratégias que funcionam no Brasil precisam passar por um rigoroso alinhamento para atender às expectativas do público internacional.
Estratégia e adaptação no mercado competitivo
Apesar da concorrência acirrada, com mais oferta, marcas e informação, Sequeira mantém um olhar otimista. A chave, segundo ele, está na solidez do produto e na clareza da narrativa da marca. "Ao mesmo tempo, se você entrega um produto sólido, com padrão e narrativa bem definida, você encontra espaço", afirma.
Ele reconhece que ajustes operacionais podem ser necessários, mas defende que a essência da marca deve permanecer inalterada. "Podem existir ajustes por questões operacionais, mas o valor percebido e o nível da marca permanecem os mesmos", explica. Essa filosofia visa preservar a identidade que conquistou o público brasileiro enquanto se adapta às nuances do novo mercado.
Para liderar essa frente nos EUA, a Vittorino Watches contará com Gustavo Araújo, que atuará não apenas como representante, mas também como sócio na operação americana. A previsão é que as vendas comecem efetivamente no primeiro semestre de 2026, marcando o início de um novo capítulo para o relojoeiro brasileiro que mira o mundo.
