Sérgio Leite, ex-presidente da Usiminas, morre aos 71 anos: o legado de um líder na siderurgia
Ex-presidente da Usiminas, Sérgio Leite morre aos 71 anos

Não é todo dia que a indústria brasileira perde um nome de peso. Sérgio Leite, ex-presidente da Usiminas — aquela gigante do aço que todo mundo conhece —, partiu aos 71 anos. E olha, não foi qualquer um que deixou essa lacuna. O homem tinha um currículo que dava inveja.

Quem acompanha o setor sabe: ele assumiu a presidência da empresa em 2006, num daqueles momentos em que o mercado respirava fundo antes de mergulhar em turbulências. E ele? Segurou as pontas como poucos. Até 2009, conduziu a companhia com uma mistura rara de pragmatismo e visão estratégica — coisa que, convenhamos, não é pra qualquer um.

O que fica

Ah, os números... Sempre os números. Sob sua gestão, a Usiminas investiu pesado em modernização. Quase R$ 4 bilhões em expansão e eficiência. Mas o legado vai além de cifras:

  • Foi ele quem liderou a entrada no mercado de chapas grossas — um marco
  • Implantação de sistemas de gestão que até hoje são referência
  • Aquela pegada de inovação que deixou concorrentes coçando a cabeça

E não pense que era só trabalho. Quem conviveu com ele conta histórias de um sujeito que sabia ouvir — raridade em cargos assim. Tinha um jeito meio despojado que desarmava, mas quando o assunto era aço, virava outra pessoa. Intenso, sabe?

Além da Usiminas

Depois da Usiminas, o cara não ficou parado. Meteu as caras em conselhos administrativos de várias empresas — de mineração a energia. Parecia que tinha um radar para oportunidades onde outros só viam problemas.

E a formação? Engenharia Metalúrgica pela UFMG, com especializações que dariam um livro. Mas o que realmente impressionava era como ele traduzia aquilo tudo em decisões práticas. Algo entre ciência e arte, se me entendem.

O setor está em choque. Mensagens de colegas não param de chegar — um misto de admiração e saudade. "Visionário", "líder nato", "profissional completo". Os elogios se repetem, mas soam genuínos.

Detalhe: a família pediu privacidade nesse momento difícil. Não revelaram causas da morte, só que foi "após prolongada enfermidade". Difícil não imaginar que, mesmo doente, ele devia estar acompanhando os negócios — era daqueles que não largava o osso.

E aí? O que fica? Além dos números e conquistas, talvez a lição de que dá pra ser duro nos negócios sem perder a humanidade. Raro. Muito raro.