
Não é todo dia que a gente vê os grandes players do mercado se unirem para bater de frente com políticas comerciais. Mas parece que o jogo está mudando — e rápido. O maior bloco empresarial dos Estados Unidos, aquele que costuma ditar as regras do comércio global, acaba de colocar o pé no freio e dizer: "Chega de tarifas para o Brasil".
E olha que não foi um sussurro. Foi um posicionamento firme, direto ao ponto, como quem já cansou de ver a conta subir sem necessidade. A Câmara de Comércio dos EUA, junto com outras associações pesadas, mandou o recado em um documento que pode sacudir as relações entre os dois países.
Por que agora?
Bom, a história é mais enrolada do que fio de pipa em dia de vento. As tarifas que os americanos impuseram ao aço e alumínio brasileiros já duram anos — e, cá entre nós, nunca fizeram muito sentido. Só serviram para encarecer produtos lá fora e complicar a vida de quem exporta.
Mas o vento parece estar virando. Com a inflação dando sopa nos EUA e as cadeias produtivas ainda se recuperando da pandemia, até os conservadores estão repensando essas barreiras. "É tiro no pé", dizem alguns economistas. E as empresas, que sentem no bolso, concordam.
O jogo político por trás
Ah, mas não pense que é só boa vontade. Tem muita estratégia aí — e interesses bilionários em jogo. O agronegócio americano, por exemplo, está de olho no mercado brasileiro e não quer retaliações. Já a indústria precisa de insumos mais baratos para competir com a China.
E o Brasil nisso tudo? Bem, nosso time tem jogado nos bastidores, mas a bola agora está mais do que nunca no campo deles. Se as tarifas caírem, pode ser um alívio e tanto para setores que estão no limite — do aço ao suco de laranja.
Claro, nada é simples nesse xadrez comercial. Enquanto uns setores comemorariam, outros poderiam sentir o baque da concorrência. Mas uma coisa é certa: quando os grandes empresários falam, Washington costuma ouvir. Resta saber se desta vez vão mesmo botar a mão no bolso — ou se é só conversa para boi dormir.