
O cenário econômico brasileiro está prestes a dar uma guinada — e não necessariamente para melhor. Segundo análise do Itaú Unibanco, aquela queda consistente do dólar que vinha aliviando o bolso do consumidor pode estar com os dias contados. A razão? O governo federal está de olho em medidas protecionistas que, convenhamos, são uma faca de dois gumes.
O que está em jogo?
Pois é, o papo é sério. O Banco Central vem segurando as pontas, mas a possível reintrodução de tarifas de importação de até 50% — sim, você leu certo — pode botar um freio nessa festa cambial. O Itaú, sempre atento, já avisa: "Pode segurar o choro ou comemorar, depende de que lado você está".
Números não mentem:
- Dólar comercial caiu quase 10% nos últimos 12 meses
- Inflação importada ficou mais barata (alô, gasolina!)
- Mas a indústria nacional continua com a corda no pescoço
E o PIB nessa história?
Aí que tá o pulo do gato. Os economistas do Itaú — aqueles caras que vivem de planilha e café expresso — calculam que cada 10% de aumento no dólar pode cortar até 0,3 ponto percentual do crescimento econômico no ano seguinte. Matemática básica: mais caro importar = menos produção = menos emprego. Simples, não?
"É como trocar o pneu com o carro em movimento", brinca um analista que prefere não se identificar. Entre um gole de café e outro, ele solta: "O governo quer proteger a indústria nacional, mas ninguém quer pagar a conta depois".
E agora, José?
Enquanto isso, o mercado financeiro fica de olho no jogo de xadrez entre BC e Ministério da Economia. De um lado, a turma do "deixa o dólar cair"; do outro, quem acredita que "brasileiro gosta mesmo é de um câmbio competitivo".
Fato é que 2024 promete — para o bem ou para o mal. Com eleições municipais no horizonte e a economia ainda engatinhando pós-pandemia, qualquer decisão errada pode custar caro. Muito caro.
E você, acha que vale a pena sacrificar o crescimento para segurar o dólar? A discussão está só começando...