
Parece que o café da manhã dos brasileiros — e o lucro das empresas norte-americanas — acabou de ficar mais amargo. Do dia para a noite, um aumento de 50% nas tarifas de importação sobre produtos brasileiros nos EUA virou a mesa das relações comerciais entre os dois países.
Não é exagero dizer que o impacto é como uma pedra jogada num lago: as ondas já estão chegando nas cozinhas das famílias e nos balanços trimestrais das corporações. "É um golpe duplo", resume o presidente da Câmara de Comércio Brasil-Florida, enquanto ajusta os óculos com ar de quem viu esse filme antes.
O que isso significa na prática?
Imagine seu supermercado mensal 50% mais caro — só que do outro lado do hemisfério. Carnes, sucos, café e até aquela cachaça artesanal que virou febre em Nova York. Tudo subindo de preço como balão de São João sem dono.
- Famílias norte-americanas pagando mais pelo mesmo produto
- Empresas revendo contratos e repassando custos
- Exportadores brasileiros com dor de cabeça na logística
Curiosamente, enquanto alguns setores choram, outros esfregam as mãos. O suco de laranja mexicano, por exemplo, deve ganhar espaço nas prateleiras — ironia cruel para a Flórida, que sempre foi parceira do Brasil nesse mercado.
E o Brasil nessa história?
Ah, o Brasil... Aquele vizinho barulhento que todo mundo ama odiar. Por aqui, a reação foi imediata: "Medida protecionista!", gritam uns. "Retaliação política!", acusam outros. A verdade? Provavelmente um pouco de cada coisa.
Os números não mentem: só no primeiro semestre, o comércio bilateral movimentou US$ 27 bilhões. Dinheiro que agora está sob risco, como castelo de areia na maré alta.
E você, já parou pra pensar como essas decisões lá de Washington podem esvaziar seu bolso aqui no Brasil? Pois é... A economia global é mesmo uma teia de aranha — mexe num fio, treme toda a estrutura.