
Parece que a Embraer está prestes a enfrentar uma tempestade perfeita. E não, não estamos falando de turbulências no céu, mas sim das que vêm diretamente do governo dos Estados Unidos. As novas tarifas impostas pelo Tio Sam podem deixar a fabricante de aviões brasileira com as asas bem mais pesadas.
Quem diria, né? A empresa que já foi considerada um dos orgulhos da indústria nacional agora pode ter que reduzir sua produção significativamente. E o pior: demissões estão no horizonte, como uma nuvem escura que não para de crescer.
O que está pegando?
Os detalhes são técnicos, mas a essência é simples: os americanos resolveram aumentar as taxas sobre certos componentes aeronáuticos. Coisa de 15% a 20%, dependendo do item. Parece pouco? Quando você monta aviões que custam milhões, cada centavo conta.
E olha só o timing: justo quando a Embraer começava a se recuperar dos impactos da pandemia. A empresa vinha dando sinais de melhora, com pedidos aumentando e o mercado se animando. Agora, essa guinada protecionista pode jogar água fria no otimismo.
Números que assustam
- Estimativa de redução de produção: até 25% nos próximos 18 meses
- Cargos em risco: principalmente engenheiros e técnicos especializados
- Impacto financeiro: algo entre R$ 500 milhões e R$ 800 milhões por ano
Não é brincadeira. A Embraer emprega diretamente mais de 18 mil pessoas no Brasil. Se a crise se aprofundar, os efeitos em cadeia podem ser devastadores para cidades que dependem da empresa, como São José dos Campos.
E agora, José?
Os executivos da companhia estão correndo contra o tempo. Reuniões com o governo brasileiro, negociações com fornecedores, busca por alternativas... Tudo está em cima da mesa. Mas convenhamos: substituir componentes americanos não é como trocar pneus de carro.
Algumas vozes dentro da indústria sugerem que a Embraer pode acelerar parcerias com fornecedores europeus e asiáticos. Outros acham que o caminho é pressionar por acordos comerciais mais favoráveis. Difícil saber qual estratégia vai decolar.
Uma coisa é certa: os próximos meses serão decisivos. E enquanto os grandes decidem, os trabalhadores ficam naquele suspense angustiante - será que meu emprego está seguro? Não é fácil dormir tranquilo com essa incerteza no ar.
PS: Se você acha que isso só interessa a quem trabalha na Embraer, pense de novo. A empresa é um termômetro importante da economia brasileira. Quando ela espirra, vários setores pegam pneumonia.