Economia brasileira dá sinais de desaceleração em maio, aponta BC
Economia brasileira recua em maio, diz Banco Central

Parece que a economia brasileira está pisando no freio — e não é metáfora de motorista de aplicativo em dia de chuva. Segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta (14), o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um "termômetro" do PIB, recuou 0,08% em maio na comparação com abril.

Números que fazem pensar: será apenas um solavanco ou o começo de uma curva mais acentuada? O resultado veio após três meses seguidos de crescimento (tímido, mas crescimento). Em abril, a expansão havia sido de 0,38%.

O que está por trás dos números?

Analistas ouvidos pela reportagem apontam três fatores que podem ter contribuído para o resultado:

  • Retração no setor industrial (aquele velho conhecido nosso)
  • Desaceleração no consumo das famílias
  • Efeitos sazonais de feriados prolongados

Mas calma! Antes de entrar em pânico como torcedor na final do campeonato: na comparação com maio do ano passado, o índice ainda mostra crescimento de 1,72%. E no acumulado dos últimos 12 meses? Suba de 2,02%.

E agora, José?

O mercado financeiro — sempre aquele amigo que adora dar pitaco — já revisou para baixo suas projeções de crescimento do PIB este ano. A mediana das expectativas no Boletim Focus caiu de 2,09% para 2,06%. Pequena diferença? Talvez. Mas quando o assunto é economia, até centésimos importam.

O BC, por sua vez, mantém a previsão oficial em 2% para 2023. A instituição ressalta que o IBC-Br não é o PIB oficial (que só sai pelo IBGE), mas costuma ser um bom indicador antecipado.

Enquanto isso, no front externo, a economia global também não está lá essas coisas — e isso acaba respingando por aqui. Como dizia minha avó: "Quando os EUA espirram, o Brasil pega pneumonia". Exagero? Nem tanto...