Aumento de tarifas nos EUA paralisa frigoríficos em MS e ameaça exportações de carne
Tarifas dos EUA paralisam frigoríficos em MS

O que era para ser mais um dia normal nos frigoríficos de Mato Grosso do Sul virou um pesadelo logístico. De repente, como um golpe de mestre — ou melhor, de má-fé —, os Estados Unidos resolveram aumentar as tarifas sobre a carne brasileira. E o estrago? Bem maior do que se imaginava.

Pelo menos três grandes unidades frigoríficas no estado já deram um tempo nas atividades. Alguns funcionários foram mandados pra casa, outros ficam de olho nos boletins, esperando notícias que não chegam. A situação tá feia, e ninguém sabe direito quando vai melhorar.

O que diabos aconteceu?

Pois é. A Casa Branca decidiu, do nada, aumentar as taxas de importação para cortes específicos de carne bovina. E adivinha só? O Brasil, claro, está na lista dos mais afetados. Aqui em MS, onde o gado pasta tranquilo sob um céu azul, a notícia caiu como uma bomba.

— A gente já vinha sentindo uma pressão nos últimos meses, mas isso aqui foi o tiro de misericórdia — confessa um gerente de uma das plantas, que prefere não se identificar. — Agora é segurar as pontas e torcer.

Efeito dominó no campo

Não são só os frigoríficos que tão sentindo o baque. Os produtores rurais, aqueles que levantam antes do sol pra cuidar do rebanho, também tão com a pulga atrás da orelha. Com menos demanda, os preços internos podem despencar. E aí, meu amigo, a conta não fecha pra ninguém.

  • Quem planta milho e soja já tá de olho — será que vão querer pagar menos pela ração animal?
  • Os caminhoneiros que fazem o transporte também tão na corda bamba.
  • Até os pequenos comércios das cidades do interior podem sentir o efeito.

É um círculo vicioso, e dos bons. Ou melhor, dos ruins.

E agora, José?

Enquanto o governo federal promete "tomar as medidas necessárias" — aquela velha frase que todo mundo já cansou de ouvir —, os empresários do setor tentam encontrar alternativas. Mercados na Ásia e no Oriente Médio são opções, mas ninguém substitui o Tio Sam de uma hora pra outra.

— A gente trabalha com contratos, com prazos, com uma cadeia inteira dependendo disso — desabafa outro gestor, esfregando os olhos de cansaço. — Não é como ligar e desligar uma chave.

Enquanto isso, o gado continua no pasto, os caminhões parados nos pátios, e os funcionários com um pé atrás. O que vai ser do amanhã? Só o tempo — e talvez algumas reuniões em Brasília — dirão.