
O cenário não está nada favorável para os exportadores brasileiros de carne bovina. Os Estados Unidos, nosso segundo maior comprador, decidiram aumentar as tarifas de importação — e o impacto pode ser devastador.
Segundo fontes do mercado, os valores chegaram a patamares históricos. "É um golpe duro", comenta um pecuarista que prefere não se identificar. "A gente já vinha sentindo a pressão, mas agora a coisa ficou feia."
Por que isso importa?
Não é exagero dizer que o agronegócio brasileiro vive um momento delicado. Afinal, os EUA absorvem cerca de 15% de toda a carne bovina que sai do país. Com as novas tarifas, esse fluxo pode simplesmente — pasme — desaparecer.
Detalhe curioso: enquanto o governo americano justifica a medida como "proteção ao mercado interno", especialistas apontam outros motivos. Política comercial? Retaliação? Ninguém sabe ao certo. O que sabemos é que o prejuízo bate na porta.
E agora, Brasil?
Os produtores estão entre a cruz e a espada. Ou aceitam margens menores (muito menores), ou buscam mercados alternativos. A China, maior compradora, já está com estoques cheios. A União Europeia? Nem pensar — as barreiras sanitárias são um capítulo à parte.
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Não é brincadeira. Como dizia meu avô, "quando o boi espirra, o peão pega pneumonia". E olha que ele nem era do agro.
Enquanto isso, em Brasília, o ministério da Agricultura promete "ações estratégicas". Mas convenhamos: depois de tantos anos nesse rodeio, o peão já sabe — promessa de político é como bezerro no primeiro inverno: frágil.