
Não é de hoje que as decisões políticas dos Estados Unidos reverberam no outro lado do mundo. Dessa vez, o Paraná sente na pele — ou melhor, no bolso — os efeitos das novas tarifas anunciadas por Donald Trump. E olha, o negócio tá feio.
Produtores rurais do norte e noroeste do estado estão com a corda no pescoço. Afinal, quem depende da exportação de soja, milho e carne bovina já viu os preços despencarem como pipa sem linha. "A gente trabalha o ano inteiro pra no final tomar um golpe desses", desabafa um agricultor de Londrina, que preferiu não se identificar.
Números que Assustam
Segundo dados preliminares, as exportações paranaenses para os EUA caíram quase 18% só no último mês. E tem mais:
- Contratos cancelados às pencas
- Estoque acumulando nos armazéns
- Prejuízos que já passam dos R$ 200 milhões
Não é brincadeira. O pior? Especialistas acreditam que isso é só o começo. "Quando o elefante briga, o gramado é que se estraga", filosofa o economista Carlos Mendonça, referindo-se à guerra comercial entre EUA e China que acaba respingando aqui.
E Agora, José?
Enquanto isso, no campo, a situação é de "fazer empréstimo pra pagar empréstimo", como dizem por lá. Algumas alternativas que estão sendo consideradas:
- Buscar novos mercados na Ásia e Oriente Médio
- Diversificar a produção com culturas menos afetadas
- Apostar em nichos de produtos com valor agregado
Mas convenhamos: nenhuma dessas soluções é pra ontem. Enquanto isso, o clima nas cooperativas agrícolas é de "café requentado" — ninguém aguenta mais más notícias.
E você, acha que o governo brasileiro deveria tomar alguma atitude mais enérgica? Ou é melhor esperar a poeira baixar? Uma coisa é certa: no Paraná, o assunto não vai sair da mesa tão cedo.