
Eis que a política comercial dos Estados Unidos dá mais um golpe no agronegócio brasileiro — e dessa vez o alvo é o suco de laranja, produto que já enfrentava desafios logísticos e climáticos. A taxa imposta pelo governo Trump saltou para impressionantes 70%, um número que faz até os mais experientes do setor arregalarem os olhos.
Não é exagero dizer que estamos diante de uma tempestade perfeita. Afinal, os EUA absorvem cerca de 30% das exportações brasileiras do produto. Com esse aumento absurdo, calcula-se que mais de 10 mil empregos diretos possam desaparecer como fumaça — e olha que nem estamos contando os efeitos indiretos!
O que isso significa na prática?
Imagine só: um container que antes pagava US$ 1.000 em impostos agora desembolsa US$ 1.700. Difícil competir assim, não? Os produtores brasileiros já estão revirando as planilhas em busca de alternativas, mas a situação é tensa.
- Preços devem subir para o consumidor americano
- Empresas podem reduzir produção
- Risco real de demissões em massa
E tem mais — alguns especialistas arriscam dizer que essa medida pode ser só o começo. Será que outros produtos do agronegócio brasileiro estão na mira? A pergunta que não quer calar.
Reação em cadeia
O pior é que o impacto não se limita às fábricas de suco. Os pequenos produtores de laranja, aqueles que mal conseguem respirar entre um custo e outro, podem ser os primeiros a sentir o baque. Sem compradores, o que fazer com a produção?
Já no mercado interno, a situação também preocupa. Com menos exportação, sobra produto no Brasil — o que poderia ser bom, se não fosse a queda nos preços que isso provoca. Uma faca de dois gumes, como dizem por aí.
Enquanto isso, em Brasília, o governo tenta articular respostas. Mas será que dá tempo? A safra não espera, e os trabalhadores menos ainda. O relógio está correndo, e o desespero começando a aparecer nos olhos de quem depende desse ouro líquido para sobreviver.