
Numa jogada que mistura diplomacia com pragmatismo econômico, o governo federal convocou nesta segunda-feira (15) representantes pesados do agronegócio e da indústria nacional. O motivo? Aquele elefante na sala chamado Donald Trump e suas ameaças de tarifas comerciais que podem virar um pesadelo para as exportações brasileiras.
Não é segredo pra ninguém que o ex-presidente americano – que agora volta à corrida eleitoral – adora um protecionismo. E quando ele fala em "America First", o resto do mundo treme. Dessa vez, o alvo pode ser o Brasil, e o pessoal aqui não tá brincando em serviço.
O que está em jogo?
Segundo fontes que acompanharam o encontro, o clima foi de alerta máximo, mas sem histeria. Afinal, já passamos por isso antes, não é mesmo? A pauta girou em torno de três eixos principais:
- Análise de cenários possíveis caso as tarifas realmente sejam implementadas
- Estratégias para diversificar mercados e reduzir dependência dos EUA
- Medidas emergenciais para proteger setores mais vulneráveis
Um participante do encontro, que preferiu não se identificar, soltou a pérola: "É como jogar xadrez com um oponente imprevisível – temos que antecipar vários lances à frente". E não é que ele tem razão?
Setores em risco
O agronegócio, claro, está na linha de frente. Soja, carne bovina, café – produtos que representam boa parte das exportações para os EUA podem sofrer o baque. Mas a indústria também está de olho, especialmente os setores de aço e alumínio, que já conhecem bem o gosto amargo das tarifas trumpianas.
Curiosamente, enquanto alguns defendem medidas duras de retaliação, outros preferem a via diplomática. "Tem hora que é melhor ser esperto do que ter razão", comentou um executivo do setor alimentício, mostrando que o pragmatismo fala mais alto.
E agora?
O governo prometeu acompanhar de perto a situação e manter os canais de diálogo abertos – tanto com o setor privado quanto com os americanos. Mas já deixou claro: não vai ficar de braços cruzados se as ameaças se concretizarem.
Enquanto isso, os empresários saíram da reunião com a lição de casa: diversificar, inovar e se preparar para o pior. Porque quando o assunto é comércio internacional e Donald Trump, como diz o ditado, "é melhor prevenir do que remediar".