
O ano de 2025 promete virar o jogo para o campo. E não é só por causa do clima — que, convenhamos, sempre dá o que falar. Dessa vez, a bola da vez é o licenciamento ambiental, aquele processo que, dependendo de como é feito, pode ser um pesadelo burocrático ou um trampolim para o crescimento sustentável.
O que está em jogo?
Pois é. Enquanto alguns defendem que as regras atuais travam o desenvolvimento, outros juram de pés juntos que flexibilizar é pedir para o meio ambiente entrar em colapso. O agronegócio, claro, não ficou de fora dessa discussão — e trouxe seus argumentos com dados na mesa.
"A gente não é contra a preservação, longe disso", diz um produtor de soja que prefere não se identificar (medo de represálias, sabe como é). "Mas será que não dá pra simplificar sem colocar tudo a perder?"
Os números que ninguém discute
- O Brasil tem 66,3% de seu território preservado — sim, você leu certo
- Só a agricultura ocupa míseros 7,8% das terras
- E adivinha? A produtividade cresceu 386% nas últimas décadas usando basicamente a mesma área
Mas calma lá. Antes que alguém ache que é só jogar as portas abertas, os ruralistas — ops, digo, os empresários do agro — garantem que querem diálogo. "Precisamos de regras claras, não de mais entraves", ressalta a presidente de uma associação do setor, entre um gole de café e outro.
E o governo nisso tudo?
Bem... digamos que estão entre a cruz e a espada. De um lado, a pressão internacional por sustentabilidade. Do outro, a realidade econômica de um país que ainda depende — e muito — do campo para crescer.
"Tem hora que parece que querem que a gente vire uma grande reserva e pronto", reclama um técnico do Ministério da Agricultura, sob condição de anonimato. "Mas e as contas pra pagar?"
Enquanto isso, nas redes sociais, a briga é feia. De memes sobre "agro é pop" até acusações de "ecoterrorismo", o debate esquenta mais que o sol do meio-dia na colheita.
O que pode mudar na prática?
- Prazos mais curtos para análise de processos
- Critérios diferenciados por tamanho de propriedade
- Possibilidade de autodeclaração para pequenos produtores
- Integração de sistemas entre órgãos ambientais
No fim das contas, o que todo mundo quer — ou deveria querer — é conciliar o útil ao agradável. Produzir mais, sim, mas sem deixar o futuro do planeta no vermelho. Será que 2025 será o ano do equilíbrio perfeito? Bom, pelo menos a discussão está posta — e com o tempero brasileiro de sempre.