Não é todo dia que um órgão público brasileiro recebe elogios — ainda mais quando o assunto é transparência. Mas parece que o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos decidiu virar o jogo. O Tribunal de Contas da União (TCU), aquele fiscal implacável das contas governamentais, acabou de dar nota máxima em um relatório que avaliou 82 órgãos federais.
E olha que a coisa não foi fácil: enquanto a média geral ficou em 6,3 (numa escala até 10), esse ministério em particular alcançou a incrível marca de 9,8. Quase perfeição! Detalhe: a avaliação considerou critérios como acesso à informação, clareza nos dados e facilidade para o cidadão comum entender o que está rolando nos bastidores do poder.
O segredo? Tecnologia com pé no chão
Quem imaginaria que um governo — qualquer um — poderia surpreender positivamente nesse quesito? Pois é. A equipe do ministério, comandada por Esther Dweck, apostou em sistemas digitais que não parecem feitos para engenheiros da NASA. Linguagem simples, dados organizados e — pasmem — atualizados regularmente. Algo raro por essas bandas.
"Quando a gente fala em transparência, muita gente torce o nariz", comentou um servidor que preferiu não se identificar. "Mas é como mostrar a cozinha do restaurante: se tá limpo, o cliente come tranquilo." E a analogia faz sentido.
E os outros?
Olha, nem todo mundo se saiu tão bem. Alguns órgãos federais ainda patinam na idade da pedra digital — com sites que parecem ter sido feitos nos anos 90 e informações mais escondidas que ouro em caixa-forte. O TCU foi claro: tem muito chão pela frente para a maioria.
Mas essa história tem um lado bom: mostra que é possível fazer diferente. E no meio de tantas notícias ruins sobre a administração pública, um respiro de esperança. Quem diria, hein?
