
Parece que o Sol Nascente vai passar por uma reviravolta — e não é só por causa do clima seco do Planalto Central. O Governo do Distrito Federal botou o pé no acelerador e começou uma operação para derrubar construções que, digamos, nasceram sem pedir licença.
Nessa terça-feira (16), máquinas pesadas chegaram como um rolo compressor no maior assentamento irregular da América Latina. A equipe de fiscalização, com cara de poucos amigos, estava munida de ordens judiciais e um plano que parece saído de um filme de ação — só que, infelizmente para alguns, sem final feliz.
O que está pegando?
Segundo fontes do GDF, mais de 100 imóveis estão na mira. E não são casebres qualquer: tem até prédios de três andares que surgiram do nada, feito cogumelos depois da chuva. A região, que já é complicada, virou um verdadeiro quebra-cabeça urbanístico.
Moradores reclamam — e quem pode culpá-los? Muitos investiram suas economias nesses imóveis, mesmo sabendo dos riscos. "A gente sabia que tava comprando gato por lebre", admite um residente que prefere não se identificar. Difícil julgar quando a necessidade bate na porta.
O outro lado da moeda
O governo argumenta que essas construções são um perigo ambulante. Sem alvarás, sem projetos aprovados, muitas erguidas em áreas de risco... É uma receita para o desastre. E quando (não se, mas quando) algo acontecer, adivinha quem vai ter que correr para resolver?
Mas cá entre nós: será que só demolir resolve? Enquanto a demanda por moradia popular continuar maior que a oferta, o problema vai ressurgir como fênix — só que menos mítica e mais problemática.
A operação deve continuar pelos próximos dias. Resta saber se vão conseguir resolver o problema ou se é só mais um capítulo nessa novela sem fim chamada "urbanização às avessas".