Justiça do AM paralisa venda de ingressos do Festival de Parintins 2026 por aumento abusivo nos preços
Justiça suspende ingressos do Festival de Parintins 2026

O Festival Folclórico de Parintins, uma das maiores manifestações culturais da Amazônia, enfrenta uma crise judicial que pode impactar diretamente sua edição de 2026. A Justiça do Amazonas determinou a suspensão imediata da venda de ingressos para o evento após uma denúncia do Ministério Público Estadual (MP-AM) sobre aumentos abusivos nos preços.

Ação do MP-AM expõe aumentos estratosféricos

De acordo com a representação do Ministério Público, os organizadores do festival praticaram reajustes de até 300% nos valores dos ingressos em comparação com edições anteriores. O levantamento apontou que alguns setores do Bumbódromo, palco das disputas entre os bois Garantido e Caprichoso, tiveram aumentos que ultrapassam em muito a inflação do período.

"Estamos diante de um caso claro de abuso no exercício de atividade econômica", afirmou o promotor responsável pela ação. "O festival é patrimônio cultural do Amazonas e não pode se transformar em produto de luxo inacessível à população".

Impacto no turismo e economia local

A decisão judicial chega em um momento crucial para o planejamento do evento, que movimenta a economia de Parintins e atrai turistas de todo o país. Com a suspensão das vendas:

  • Agências de turismo não podem fechar pacotes
  • Hoteis e pousadas ficam sem previsão de ocupação
  • Comerciantes locais perdem perspectiva de faturamento
  • Fãs dos bois bumbás ficam sem garantir seus lugares

Próximos passos do processo

A Justiça estabeleceu prazo para que os organizadores do festival se manifestem sobre as acusações. Enquanto isso, fica proibida qualquer forma de comercialização, inclusive através de sites e aplicativos. A expectativa é que haja uma tentativa de conciliação entre as partes para evitar o cancelamento do evento.

O Festival de Parintins, que transforma a ilha em um verdadeiro palco de cores, danças e tradições, agora aguarda uma solução judicial que preserve tanto os direitos dos consumidores quanto a viabilidade da maior festa folclórica da região Norte.