Em uma nova declaração que reacende um dos debates mais duradouros de Hollywood, a atriz Scarlett Johansson reafirmou publicamente seu apoio ao diretor Woody Allen. A posição foi tomada em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, publicada próximo ao aniversário de 90 anos do cineasta.
Uma defesa que atravessa décadas
A atriz foi questionada sobre as acusações de abuso sexual feitas por Dylan Farrow, filha adotiva de Allen, que surgiram inicialmente na década de 1990. Johansson é uma das poucas figuras da indústria cinematográfica que continua a defender o diretor publicamente. A relação profissional entre os dois inclui filmes como "Ponto Final: Match Point", "Scoop: O Grande Furo" e "Vicky Cristina Barcelona".
Quando perguntada se o apoio que deu há seis anos, durante o auge do movimento MeToo, poderia ter prejudicado sua carreira, a atriz respondeu de forma reflexiva. "Você nunca sabe qual será o efeito dominó, exatamente", disse ela. Johansson também citou os conselhos da mãe: "Minha mãe sempre me encorajou a ser eu mesma e me ensinou a importância de ter integridade e de defender aquilo em que acredita."
O momento certo de falar
Apesar da defesa firme, a atriz demonstrou maturidade ao reconhecer que há momentos certos para se posicionar. "É importante saber quando não é o seu momento [de falar]", afirmou Johansson na entrevista. Ela completou: "Eu não quero dizer que as pessoas devem se silenciar, mas às vezes não é a sua hora. Isso é algo que eu entendi enquanto amadurecia."
Em 2019, quando o caso de Allen voltou a ganhar grande repercussão no meio de inúmeras denúncias contra poderosos de Hollywood, Johansson já havia se manifestado. Na época, ela declarou à revista The Hollywood Reporter que amava o diretor, acreditava nele e trabalharia com ele a qualquer momento.
Contexto do caso e outras notícias
O caso envolvendo Woody Allen e Dylan Farrow é um dos mais polarizantes e longevos de Hollywood, dividindo opiniões dentro e fora da indústria do entretenimento. A persistência de Johansson em sua posição a coloca em um grupo minoritário de artistas que ainda se associam ao cineasta.
Na mesma edição de notícias, um caso distinto, mas também envolvendo alegações graves, foi reportado. O influenciador Hytalo Santos e seu marido, Israel Vicente, presos desde agosto, negaram em depoimento acusações de tráfico humano, exploração sexual e pornografia infantil. Santos argumentou que seus vídeos mostravam apenas rotinas e danças de brega funk, classificando-os como arte. A defesa dos acusados sustenta a ausência de conteúdo pornográfico no material.