Maldição Kennedy: Neta de JFK revela leucemia terminal aos 35 anos
Neta de John Kennedy tem leucemia terminal

A tragédia que persegue os Kennedy

A família Kennedy, uma das mais emblemáticas da história americana, enfrenta mais um capítulo trágico em sua já marcada trajetória. Tatiana Schlossberg, neta de 35 anos do presidente John F. Kennedy, revelou publicamente que está com leucemia mieloide aguda e tem apenas a perspectiva de um ano de vida.

O anúncio foi feito através de um artigo emocionante publicado na revista New Yorker, onde Tatiana compartilhou detalhes íntimos de sua batalha contra a doença. A revelação reacendeu imediatamente as discussões sobre a chamada "maldição dos Kennedy", uma sequência fatídica de tragédias que tem acompanhado o clã por décadas.

Histórico de tragédias familiares

Os Kennedy acumulam um impressionante histórico de mortes precoces e violentas que inclui pelo menos dezesseis membros da família. Entre os casos mais marcantes estão:

  • Assassinato do presidente John F. Kennedy em 22 de novembro de 1963
  • Assassinato de Robert Kennedy em 1968
  • Morte de Joseph Kennedy Jr. em explosão aérea durante a II Guerra Mundial
  • Morte de Kathleen Kennedy em acidente de avião em 1948
  • Overdose de David Kennedy em 1984
  • Morte de Michael Kennedy em acidente de esqui
  • Acidente aéreo que matou John Kennedy Jr., sua esposa e cunhada em 1999

A própria avó de Tatiana, Jacqueline Kennedy Onassis, faleceu vítima de um linfoma não-Hodgkins apenas cinco meses após o diagnóstico, aos 64 anos. A lista impressiona pela diversidade de causas e pela repetição de tragédias ao longo de gerações.

A batalha pessoal de Tatiana

Tatiana Schlossberg descobriu a leucemia gravíssima logo após dar à luz sua segunda filha. A situação é particularmente dolorosa porque a doença e o tratamento intensivo a impediram de realizar atividades básicas da maternidade.

"Nunca pude amamentar, trocar uma fralda ou aconchegar minha filha nos braços", revelou em seu artigo. O tratamento incluiu transplante de medula e quimioterapias pesadas que deixaram sequelas visíveis.

Após as sessões intensivas de quimio, Tatiana está com os cabelos bem curtos e embranquecidos. Ela chegou a brincar que se transformou em um "Voldemort turbinado", referindo-se ao vilão da série Harry Potter, após a queda dos cabelos e um tombo que causou um corte em seu rosto.

Conflitos familiares e política

O artigo de Tatiana também trouxe à tona as divisões internas na família Kennedy, tradicionalmente conhecida por seu alinhamento democrata e liberal. Ela expressou profundo ressentimento em relação ao primo em segundo grau, Robert Kennedy Jr., que apoiou Donald Trump e foi nomeado para um cargo equivalente ao de ministro da Saúde.

Robert Kennedy Jr. é conhecido por suas posições contra as vacinações em massa e por defender uma suposta relação entre a vacina tríplice e o aumento de casos de autismo - teoria que nunca foi comprovada cientificamente.

O irmão de Tatiana, Jack Schlossberg, tem usado suas redes sociais para atacar publicamente Robert Kennedy Jr. e sua esposa, a atriz Cheryl Hines. A situação revela uma cisão profunda no seio da família em um momento que deveria ser de união.

Reflexões sobre a mortalidade

Diferente de muitos outros membros de sua família que foram surpreendidos por tragédias súbitas, Tatiana tem a oportunidade rara de refletir sobre sua própria mortalidade. Em seu artigo, ela compartilha pensamentos profundos sobre a condição humana diante da morte inevitável.

"Tantas memórias são sobre minha infância que sinto como se estivesse vendo eu mesma e meus filhos crescer ao mesmo tempo", escreveu. "Às vezes me engano pensando que vou lembrar disso para sempre. Vou lembrar quanto estiver morta. Obviamente, não vou."

Ela também expressa preocupação com sua mãe, Caroline Kennedy, que tinha apenas cinco anos quando o avô presidente foi assassinado. Caroline agora enfrenta a perspectiva de perder a filha para outra doença devastadora, fechando um ciclo trágico que começou há mais de seis décadas.

O tipo específico de leucemia que afeta Tatiana possui uma mutação genética que, segundo seus médicos, "gosta de voltar", tornando o prognóstico particularmente sombrio. Enquanto isso, a família Kennedy continua a capturar a imaginação pública, não apenas pela sua história política, mas pela impressionante sequência de tragédias que parece desafiar qualquer explicação racional.