A atriz Marjorie Estiano, de 43 anos, passou por uma profunda transformação pessoal após interpretar a socialite Ângela Diniz na nova série da HBO Max. A experiência a levou a refletir sobre seu papel como mulher na sociedade contemporânea.
O impacto de viver uma história real
Em entrevista exclusiva, Marjorie revelou que mergulhar no papel de Ângela Diniz - assassinada pelo namorado Doca Street em 1976 - foi uma experiência intensa e dolorosa. A série "Ângela Diniz: Assassinada e Condenada", recém-lançada pela plataforma de streaming, retrata os últimos momentos da vida da socialite.
"Ela buscava o prazer imediato e foi julgada por isso. Somos todos machistas em algum grau", reflete a atriz sobre sua personagem. A maratona de gravações a fez estudar profundamente o feminismo e questionar padrões sociais enraizados.
Mudanças além das câmeras
As reflexões não ficaram restritas ao set de gravações. Marjorie conta que as revoluções pessoais continuaram após o término das filmagens. "Passei a trabalhar mais o meu corpo e virei até flexitariana, reduzindo em 80% o consumo de carne na alimentação", revela a artista.
Ela enfatiza que essas mudanças não são apenas questões individuais, mas que "interferem drasticamente no coletivo". A atriz acredita que cada escolha pessoal tem impacto na sociedade como um todo.
Legado que ultrapassa a ficção
A experiência de viver Ângela Diniz deixou marcas permanentes na carreira e na vida pessoal de Marjorie Estiano. A atriz demonstra consciência de que histórias como a que interpretou continuam relevantes quase 50 anos depois do crime que chocou o Brasil.
A série da HBO Max, lançada em novembro de 2025, promete reacender o debate sobre violência contra a mulher e feminicídio no país. Marjorie espera que sua interpretação contribua para reflexões importantes na sociedade brasileira.