Jessie J abre o coração em novo álbum sobre endometriose e aborto
Jessie J relata percalços da vida em álbum autobiográfico

A cantora britânica Jessie J, de 37 anos, acaba de lançar um trabalho profundamente pessoal. Intitulado 'Don't Tease Me with a Good Time', o álbum foi anunciado pela artista como um "livro aberto" sobre sua vida, repleta de desafios intensos e momentos de superação.

Uma trajetória marcada por desafios pessoais

Longe de ser apenas uma coleção de músicas, o projeto funciona como um diário musical dos percalços que Jessie J enfrentou. A artista, conhecida por sua franqueza, detalha uma série de experiências difíceis que moldaram quem ela é hoje. Entre os temas mais delicados abordados estão sua luta contra a endometriose, um aborto espontâneo sofrido pela cantora, uma série de relacionamentos amorosos que não deram certo e experiências terapêuticas desafiadoras.

Em um dos momentos mais sombrios, Jessie J também revela que chegou a enfrentar pensamentos suicidas, um capítulo triste de sua história que ela agora consegue encarar com resiliência. A britânica descreve que, desde a infância, sua vida alterna entre fases de grande sucesso e períodos de profunda turbulência emocional.

Encontrando força na vulnerabilidade

Apesar do peso dos temas, a perspectiva de Jessie J no álbum é de crescimento e aprendizado. A cantora opta por ver o copo "meio cheio", extraindo lições positivas de cada adversidade. Em suas próprias palavras, os problemas a levaram a "viver mais a vida, comer melhor, me exercitar mais e estar no momento presente".

Essa filosofia de transformar a dor em combustível para uma vida mais plena e consciente permeia todo o trabalho. A honestidade brutal nas letras não busca comiseração, mas sim conexão genuína com seus fãs, mostrando que até ídolos da música global passam por crises humanas universais.

Um marco na carreira e na vida pessoal

O lançamento de 'Don't Tease Me with a Good Time', ocorrido em dezembro de 2025, marca um ponto de virada na carreira da artista. Mais do que um produto comercial, o álbum se apresenta como um ato de cura e um testemunho público de sua jornada.

A reportagem original, publicada na edicição nº 2973 da revista VEJA, de 5 de dezembro de 2025, foi conduzida pelas jornalistas Giovanna Fraguito e Nara Boechat, capturando a essência desse momento decisivo. Ao compartilhar suas batalhas mais íntimas, Jessie J não apenas promove seu novo trabalho, mas também abre um diálogo importante sobre saúde mental e física, especialmente no que diz respeito às questões femininas como a endometriose e a perda gestacional.

O álbum se consolida, portanto, como um marco de coragem artística. Jessie J prova que a verdadeira força muitas vezes reside na capacidade de se mostrar vulnerável, usando sua plataforma para inspirar outros que possam estar passando por situações similares.