O ator Eriberto Leão, aos 53 anos, está vivendo mais um personagem marcante na televisão brasileira. Desta vez, ele interpreta um antagonista na novela das seis da TV Globo, 'Êta Mundo Melhor!'. Para compor essa figura complexa, o artista embarcou em uma jornada de pesquisa profunda, mergulhando em temas filosóficos e psicológicos que vão muito além do script.
Uma preparação além dos figurinos
A construção do vilão exigiu mais do que a simples memorização de falas. Eriberto Leão se entregou a um verdadeiro furor filosófico para entender as motivações de seu personagem. Sua busca por referências o levou a explorar universos distópicos em livros, reler passagens da Bíblia e, principalmente, se aprofundar nos estudos do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, pensador que há tempos desperta sua curiosidade.
O ator buscou compreender, através dessas leituras, as nuances que separam o bem e o mal na natureza humana. "Precisamos compreender nossa sombra e não negá-la. Do contrário, ela te persegue", reflete Leão, citando um conceito central da psicologia junguiana. Para ele, essa reflexão é fundamental não apenas para a atuação, mas para a vida.
Do universo concreto ao otimismo brasileiro
Após um período em que discutiu publicamente temas como a existência de vida extraterrestre – chegando a afirmar "eles existem, sim" –, Eriberto Leão diz ter direcionado seu foco para o mundo concreto ao seu redor. E sua visão sobre o futuro, especialmente do Brasil, é carregada de esperança.
Imbuído de um otimismo contagiante, o ator faz uma previsão ousada: "Acredito que o Brasil será o farol do planeta". A declaração, feita durante a entrevista, revela uma confiança profunda no potencial do país, contrastando com a escuridão do personagem que interpreta na trama global.
Uma sequência de personagens intensos
Vale destacar que o papel em 'Êta Mundo Melhor!' marca o terceiro vilão seguido vivido por Eriberto Leão em novelas da TV Globo. Essa sequência consolida o ator como um intérprete versátil, capaz de mergulhar com maestria em personagens moralmente complexos e desafiadores.
A reportagem, com colaboração de Giovanna Fraguito e Nara Boechat, foi originalmente publicada na edição nº 2975 da revista VEJA, de 19 de dezembro de 2025. A entrevista completa revela as camadas de um artista que usa a ficção para refletir sobre questões essenciais da condição humana.