O mundo da moda está em polvorosa com uma notícia que mistura bilhões, política e muito glamour. O casal formado pelo fundador da Amazon, Jeff Bezos, de 61 anos, e por Lauren Sánchez Bezos, de 55, está oficialmente confirmado para o prestigiado Met Gala do próximo ano em Nova York. A inclusão dos "forasteiros" no baile, tradicionalmente dominado por ícones da indústria do entretenimento e da moda, gerou reações acaloradas e expôs tensões sobre o futuro do evento.
A polêmica da inclusão bilionária
A confirmação da presença do casal Bezos, divulgada em dezembro de 2025, não foi recebida com unanimidade. Críticos mais puristas do evento, que acontece sempre em maio, torceram o nariz diante da entrada de novos e poderosos patrocinadores vindos de fora do círculo fashion tradicional. O montante financeiro trazido pela dupla é descrito como polpudo e tem o potencial de alterar os rumos do encontro.
Além do aspecto financeiro, uma preocupação velada pairou sobre a decisão: a aproximação pública de Jeff Bezos com o ex-presidente Donald Trump, figura amplamente repudiada pela elite de Hollywood, que forma a espinha dorsal dos convidados do Met Gala. Essa associação política adicionou uma camada extra de desconforto entre os habitués do evento.
A defesa de Anna Wintour
Para acalmar os ânimos e justificar a escolha, a poderosa Anna Wintour, editora-chefe da Vogue e principal força por trás do grande baile, saiu publicamente em defesa de Lauren Sánchez. Em declaração estratégica, Wintour garantiu que Lauren é uma "grande amante de figurinos glamourosos e da moda".
Analistas veem na fala de Wintour um reconhecimento tácito do generoso aporte financeiro que o casal trará para embalar as futuras edições do tapete vermelho. A movimentação demonstra uma adaptação do evento às novas realidades do poder e do capital, onde influência digital e financeira podem abrir portas antes restritas.
O que significa para o futuro do Met Gala?
A aceitação de Jeff e Lauren Bezos no Met Gala marca um ponto de viagem simbólico. O evento, um dos mais exclusivos do calendário cultural nova-iorquino, sinaliza que está aberto a uma nova geração de influenciadores, cujo poder nem sempre nasceu nas passarelas ou nos estúdios de cinema.
Este episódio levanta questões sobre a evolução da tradição frente ao novo capital e sobre como instituições consagradas negociam sua essência com as demandas financeiras contemporâneas. A edição de maio de 2026 promete ser observada com lentes de aumento, não apenas pelas criações de moda, mas pelo desdobramento dessa nova dinâmica de poder no tapete vermelho.
A reportagem foi originalmente publicada na edición nº 2973 da revista VEJA, de 5 de dezembro de 2025, com informações das repórteres Giovanna Fraguito e Nara Boechat.