Arrependimento milionário: Barbra Streisand lamenta venda de Klimt
Barbra Streisand se arrepende de vender obra de Klimt

A cantora e atriz Barbra Streisand, de 83 anos, fez um desabafo público que deixou claro que o remorso pode durar décadas. Em um evento virtual que reuniu cerca de 2 milhões de seguidores, a artista expressou abertamente sua frustração por ter vendido, há quase trinta anos, uma pintura do renomado artista austríaco Gustav Klimt.

O desabafo público e a lição aprendida

Com a frase “Você nunca deve vender arte que ama”, Streisand resumiu a dor de uma decisão tomada no passado. O arrependimento, no entanto, vai muito além do apego sentimental pela obra de arte. O contexto atual do mercado de artes transformou essa nostalgia em um lamento financeiromente significativo.

Recentemente, um quadro de Klimt, o Retrato de Elisabeth Lederer, foi arrematado em um leilão pela impressionante quantia de 1 bilhão de reais. Este valor astronômico fez da pintura a segunda tela mais cara já negociada em casas de leilão em todo o mundo. A venda estabeleceu um novo recorde e aqueciu ainda mais o mercado das obras do mestre do Art Nouveau.

O valor estratosférico de Gustav Klimt

Gustav Klimt (1862-1918) é um dos nomes mais celebrados e valorizados da história da arte. Suas obras, conhecidas pelas curvas sinuosas, dourados e simbolismo, estão em alta constante no mercado internacional. O fato de um de seus retratos ter alcançado a marca do bilhão de reais apenas reforça o status do pintor como um dos mais badalados e cobiçados pelos colecionadores.

O recorde atingido pela obra Retrato de Elisabeth Lederer serve como um marco doloroso para Streisand. A artista, que também é conhecida por seu olhar apurado para colecionáveis, não poupou palavras para mostrar seu desapontamento. “Estou muito arrependida”, enfatizou ela, gerando uma onda de mensagens de apoio e consolo nas redes sociais de seus fãs.

Um caso que vai além do financeiro

O episódio envolvendo Barbra Streisand ilustra um dilema comum entre colecionadores e amantes de arte: a difícil escolha entre o apego emocional a uma peça única e as oportunidades financeiras que o mercado oferece. A venda ocorrida décadas atrás, que na época pode ter parecido uma decisão acertada, hoje se revela como uma oportunidade perdida de proporções monumentais.

O desabafo da estrela, amplificado pelo alcance das redes sociais, trouxe à tona discussões sobre o valor volátil e crescente de obras de mestres consagrados. A história serve como um alerta para investidores e apaixonados por arte sobre os riscos e os arrependimentos que podem acompanhar a decisão de se desfazer de um item de coleção.

A reportagem que deu origem a essa revelação foi conduzida por Giovanna Fraguito e Nara Boechat, e o assunto foi destaque na edição de 5 de dezembro de 2025 da revista Veja, na edição de número 2973. O caso de Streisand e seu Klimt perdido certamente continuará a ecoar como uma das maiores “dores de cotovelo” do mundo artístico e dos negócios.