O Paris Saint-Germain já está em solo qatari e iniciou sua preparação para a grande final da Copa Intercontinental, mas a equipe francesa enfrenta problemas no elenco. O time realizou seu primeiro treino em Doha, nesta segunda-feira (15), de portões fechados, no Centro de Treinamento Al Ersaal, o mesmo local utilizado pelo Flamengo.
Desfalques preocupam Luis Enrique
O técnico Luis Enrique tem problemas para montar seu time na decisão contra o Rubro-Negro, marcada para esta quarta-feira (17), às 14h (horário de Brasília). Além da ausência certa do lateral-direito Achraf Hakimi, o treinador espanhol também lida com as dúvidas relacionadas ao atacante Ousmane Dembelé e ao zagueiro brasileiro Marquinhos.
Ambos os jogadores participaram da atividade desta segunda-feira, mas suas presenças no duelo decisivo não estão garantidas. O caso de Dembelé é considerado um pouco menos grave, pois o francês se recupera de uma forte gripe. Já Marquinhos, que é peça fundamental na defesa, sofre com uma lesão no músculo adutor da coxa esquerda e vem desfalcando o PSG nos últimos compromissos.
A única oportunidade para a imprensa acompanhar o trabalho do PSG em Doha será breve. O clube abrirá os treinos por apenas 15 minutos nesta terça-feira (16), ao meio-dia (horário de Brasília), no estádio Ahmad Bin Ali, palco da final. No mesmo local, ocorrerá uma coletiva com Luis Enrique às 11h, seguida por uma zona mista com três jogadores às 13h.
"Casa" do PSG em Doha tem estrutura de luxo, mas falta torcedores
A chegada do clube francês ao Qatar também marcou a abertura de um espaço interativo para os fãs em Doha. Batizado de "Ici C'Est Paris Park by Qatar Airways", o local foi montado em uma ampla área no Hotel Park, na moderna região de West Bay.
A atração é gratuita e oferece uma série de interatividades, incluindo jogos, uma loja oficial e a exibição dos principais troféus do clube, como a Champions League conquistada na última temporada. No entanto, uma visita do UOL ao local nesta segunda-feira revelou que, apesar da confortável estrutura, o espaço estava vazio.
O público reduzido reflete a baixa atenção dada à Copa Intercontinental, ofuscada pela Copa Árabe da FIFA, competição entre seleções que acontece paralelamente no país. Nos estandes, os preços chamam a atenção: uma camisa oficial do PSG custa cerca de R$ 1 mil, enquanto alguns casacos podem chegar a quase R$ 5 mil.
Vale lembrar que, desde 2011, o Paris Saint-Germain é controlado majoritariamente pelo fundo soberano do Qatar, através da Qatar Sports Investments (QSI), uma subsidiária da Qatar Investment Authority (QIA). Na prática, o dono do clube é o próprio Estado qatari.
Foco do Flamengo está na mobilização no Brasil
Enquanto o PSG se adapta ao Qatar, o Flamengo ignora a perspectiva de um público baixo no estádio e concentra seus esforços na mobilização de sua torcida no Brasil. Nesta segunda-feira (15), tanto a Prefeitura do Rio de Janeiro quanto o Governo do Estado anunciaram ponto facultativo a partir das 12h da quarta-feira, dia da final, para que os torcedores possam acompanhar o jogo.
A decisão promete movimentar milhões de rubro-negros em todo o país, que tentarão vibrar com o título mundial de clubes contra o poderoso adversário francês.