McLaren questiona troca de motor da Red Bull no GP Brasil
McLaren questiona troca de motor da Red Bull

Troca de motor da Red Bull gera questionamentos no paddock

A Red Bull aproveitou a classificação ruim de Max Verstappen no Grande Prêmio do Brasil para realizar uma troca estratégica na unidade de potência do carro do piloto holandês. A mudança, que ajudou Verstappen a conquistar um lugar no pódio mesmo partindo dos boxes, está sendo questionada pela McLaren.

A equipe rival busca esclarecimentos sobre as regras do teto orçamentário para decidir se fará o mesmo com seus pilotos, Oscar Piastri e Lando Norris, que já utilizaram as quatro unidades de motor permitidas há várias corridas.

Entenda a posição da McLaren

Andrea Stella, chefe da McLaren, foi direto ao ponto quando questionado sobre o caso: "Para ser honesto, esse tipo de alteração na unidade de potência é um desafio em termos de regulamento", afirmou.

Stella explicou que a equipe entende que o custo do motor novo deveria ser incluído no teto orçamentário da Red Bull se a troca foi feita por motivos de performance. "Se o motor foi trocado por motivos de performance, ele deve entrar no teto de custos", reforçou o chefe da McLaren.

Segundo os valores que constam no regulamento do próximo ano, essa troca representaria cerca de 2 milhões de dólares na conta do teto orçamentário. O regulamento atual não especifica claramente se motores que vão além da cota de quatro por piloto devem ser computados no limite de gastos.

Clima de desconfiança no paddock

A declaração de Stella revela um ambiente de desconfiança que toma conta do paddock em relação à aplicação do teto orçamentário. "Vamos ver se é esse o caso, não que eu consiga ver, já que tudo depende da Red Bull", comentou, indicando a falta de transparência no processo.

Essa tensão aumenta considerando que a aprovação das contas de 2024 pela FIA demorou mais que o normal, alimentando rumores sobre possíveis problemas com as contas da Mercedes, embora nada tenha sido confirmado oficialmente.

As equipes enviam suas contas para a Federação Internacional de Automobilismo e precisam confiar que as demais também estão dentro do teto de gastos, já que os detalhes sobre problemas nas contas não costumam ser divulgados publicamente.

Este cenário se desenvolve em um momento delicado, onde a própria FIA considera acabar com o teto orçamentário devido aos altos custos de fiscalização, mesmo sabendo que o controle tem sido fundamental para a saúde financeira das equipes e para a competitividade do grid.

Enquanto isso, a McLaren aguarda esclarecimentos antes de tomar qualquer decisão sobre seguir o mesmo caminho da Red Bull com seus pilotos.