Às vésperas do sorteio que definirá os grupos da Copa do Mundo de 2026, as casas de apostas brasileiras já projetam os principais candidatos ao título. A Espanha, em grande fase, surge como a grande favorita, seguida por Inglaterra, França, Brasil e Argentina, nesta ordem. O caminho das seleções começará a ser traçado nesta sexta-feira (5), a partir das 14h (horário de Brasília), quando a Fifa realizará o sorteio oficial.
Espanha vive era dourada e lidera as apostas
A seleção espanhola, campeã mundial em 2010, passa por um dos seus momentos mais brilhantes desde a chamada "era de ouro". Comandada por Luis de la Fuente, a equipe levantou a taça da Eurocopa 2024 com uma campanha quase perfeita: seis vitórias em sete jogos no tempo normal, precisando da prorrogação apenas contra a anfitriã Alemanha, nas quartas de final.
Com 15 gols marcados, quatro a mais que qualquer outro time no torneio, a Espanha reafirmou um futebol dominante. A equipe está invicta há 31 partidas oficiais (25 vitórias e seis empates), superando até sua sequência histórica entre 2010 e 2013. Esse cenário explica o favoritismo: nas plataformas que atuam no Brasil, o título espanhol paga entre 5,4 e 6 vezes o valor apostado.
Brasil perde favoritismo automático e busca estabilidade
O Brasil, por sua vez, deixou para trás o favoritismo quase automático que carregou por décadas. Atualmente em quinto lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas, a seleção viveu turbulências desde a Copa do Qatar, com mudanças de comando e tropeços inesperados.
Mesmo sob o comando do técnico Carlo Ancelotti, o time ainda tenta reencontrar a estabilidade após derrotas surpreendentes para Bolívia e Japão, além de empates frustrantes com Equador e Tunísia. Nas casas de apostas, a seleção brasileira aparece como a quarta força, com cotações entre 8 e 9.
França e Argentina completam o pódio das favoritas
A França, bicampeã mundial (1998 e 2018) e vice-campeã em 2022, aparece como terceira favorita. Suas cotações variam de 7,5 a 8, sustentadas por um elenco que segue entre os mais fortes do planeta, mesmo após uma renovação parcial pós-Qatar.
Já a Argentina, atual campeã mundial e líder das Eliminatórias, surge logo atrás do Brasil. Com Lionel Messi provavelmente em sua despedida de Copas, a equipe de Lionel Scaloni é cotada entre 9 e 11. Essa posição reflete as incertezas sobre a renovação do elenco e a adaptação da equipe após a conquista do título.
Zebras pagam fortunas, mas chances são mínimas
O novo formato da Copa, com 48 seleções distribuídas entre Estados Unidos, México e Canadá, não altera um consenso básico: é muito improvável que países sem expressão no futebol mundial cheguem perto da taça. Por isso, as cotações para nações emergentes são quase simbólicas.
Títulos de seleções como Suriname ou Haiti, classificadas pela primeira vez, rendem multiplicadores na casa de 3.001,00. Essas apostas acenam com retornos estratosféricos, mas traduzem muito mais a distância dessas equipes do topo do futebol global do que qualquer possibilidade real de surpresa.
O mercado de apostas para a Copa do Mundo segue em forte crescimento. De acordo com um relatório citado pela Bloomberg, o montante apostado globalmente na edição de 2022, no Qatar, teria chegado a US$ 35 bilhões (cerca de R$ 185 bilhões), um salto de 65% em relação à Copa de 2018, na Rússia.