CEO da ATP vê Fonseca como futuro rival de Alcaraz e Sinner
CEO da ATP projeta Fonseca no topo do tênis mundial

O tenista brasileiro João Fonseca, de apenas 19 anos, está chamando a atenção dos principais nomes do tênis mundial em sua segunda temporada como profissional. O CEO da Federação Internacional de Tênis, Ross Hutchins, colocou o jovem carioca na lista de potenciais candidatos a desafiar a dupla dominante do circuito: o espanhol Carlos Alcaraz e o italiano Jannik Sinner.

Reconhecimento internacional

Em entrevista à Reuters, Hutchins não escondeu seu entusiasmo com a emergência de novos talentos no esporte. "É emocionante ver essa passagem de bastão do Big Four", declarou o dirigente, referindo-se à era de Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray.

O CEO fez questão de destacar especificamente o brasileiro entre as promessas do circuito: "Alcaraz e Sinner criaram uma lacuna em termos de seus sucessos, mas há outros jovens jogadores, como Fonseca... Eu não ficaria surpreso se houver alguém que avance com força".

Dominância da nova dupla

A temporada de 2025 foi marcada pela hegemonia de Alcaraz e Sinner no circuito mundial. A dupla fez seis finais em torneios oficiais da ATP, sendo três delas em Grand Slams. A comparação com a rivalidade entre Nadal e Federer tornou-se inevitável para especialistas e torcedores.

Os números comprovam o domínio absoluto: ambos os tenistas venceram todos os Grand Slams nas últimas duas temporadas e mantêm uma distância abismal no ranking. Eles se alternaram na posição de número 1 do mundo durante todo o ano e são os únicos acima dos 11 mil pontos, enquanto o terceiro colocado, Alexander Zverev, não passa dos 5 mil.

A ascensão meteórica de Fonseca

João Fonseca respondeu às expectativas dentro das quadras com resultados concretos. Em seu primeiro ano completo nas principais competições, o brasileiro conquistou dois títulos expressivos: o ATP 250 de Buenos Aires e o cobiçado ATP 500 de Basileia, o maior da sua carreira até o momento.

O desempenho rendeu uma ascensão histórica no ranking mundial. Fonseca começou o ano na 145ª posição e termina em 24º lugar, superando as marcas de estreia de Federer, Nadal, Sinner e até Alcaraz nas maiores competições. Apenas Novak Djokovic teve um desempenho melhor na temporada equivalente, alcançando a 16ª colocação.

Hutchins comparou o momento atual com a dinâmica que levou ao surgimento do Big Four: "Murray e Djokovic avançaram com força depois que Nadal e Federer assumiram o controle. Anteriormente, sempre houve pessoas que surgiram".

Com Djokovic como único remanescente do lendário quarteto original - após as aposentadorias de seus rivais - e ainda apresentando bom desempenho nas semifinais de todos os majors este ano, o cenário está montado para que uma nova geração, incluindo Fonseca, dispute espaço no topo do tênis mundial.