São Paulo prioriza base na Copinha 2026 com calendário atípico por causa da Copa do Mundo
São Paulo define estratégia para Copinha 2026 com base de Cotia

O São Paulo Futebol Clube tomou uma decisão estratégica para o início da temporada de 2026, que será marcada por um calendário atípico devido à Copa do Mundo. O clube definiu que irá disputar a tradicional Copa SP de Futebol Júnior, a Copinha, com o que há de melhor no seu centro de formação, em Cotia.

Calendário atípico dita a estratégia tricolor

A escolha foi motivada pelo cenário incomum do próximo ano. Em janeiro de 2026, o Campeonato Paulista e o Campeonato Brasileiro começarão simultaneamente, uma consequência direta da realização da Copa do Mundo no meio do ano. Inicialmente, havia a possibilidade de manter mais jogadores da base integrados ao elenco profissional para suprir a demanda das duas competições que se iniciam juntas.

No entanto, o planejamento seguiu outro caminho. Apenas o atacante Lucca, considerado a grande promessa do elenco, permanecerá com o time principal. Outros jovens que já tiveram oportunidades sob o comando do técnico Hernán Crespo na reta final do Brasileirão de 2025, como Nicolas, Pedro Ferreira e Paulinho, voltarão a atuar pela base e serão opções importantes para a campanha na Copinha.

O São Paulo deve divulgar a lista final de 30 convocados para o torneio juvenil no dia 2 de janeiro, data em que os jogadores retornam de suas férias.

Impacto financeiro e reformulação no elenco profissional

A ausência na pré-Libertadores da América também influenciou o planejamento do clube para o começo do ano. Embora a não classificação tenha "ajudado" a não lotar ainda mais o calendário de fevereiro, o prejuízo é sentido principalmente no bolso. A Libertadores paga, em premiações, cerca de três vezes mais por fase do que a Sul-Americana.

Outro fator crítico que afetou o São Paulo em 2025 foi a elevada quantidade de lesões, que totalizou mais de 70 desfalques ao longo de todo o ano e comprometeu significativamente a campanha do time. Diante desse cenário, a diretoria do clube definiu uma reformulação no elenco principal durante a janela de transferências.

A nova política de contratações busca por reforços bons, baratos e 'com saúde'. O primeiro nome anunciado dentro dessa nova diretriz foi o meio-campista Danielzinho, de 31 anos, que chega sem custo de transferência após não renovar seu contrato com o Mirassol.

Projeções para o futuro e valorização da base

Internamente, a avaliação é de que os jovens de Cotia ainda terão um papel fundamental em 2026. Eles podem ser úteis tanto para compor o elenco principal, suprindo necessidades pontuais, quanto para reforçar o caixa do clube em eventuais negociações.

Essa perspectiva está alinhada com o orçamento aprovado pelo Conselho Deliberativo na última quinta-feira, no qual o São Paulo projeta arrecadar cerca de R$ 180 milhões com vendas de atletas. A aposta na base, portanto, é também um investimento no equilíbrio financeiro futuro do Tricolor Paulista.