
O Brasil e o mundo da arte estão de luto. Morreu nesta terça-feira, aos 79 anos, o renomado fotógrafo mineiro Sebastião Salgado, considerado um dos maiores nomes da fotografia documental em nível global.
Um olhar que mudou o mundo
Nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, Salgado construiu uma carreira extraordinária ao longo de décadas, registrando com sensibilidade única os dramas humanos e ambientais em diversos continentes. Suas imagens em preto e branco, marcantes e profundas, tornaram-se ícones da fotografia contemporânea.
O legado de um gênio
Entre suas obras mais celebradas estão:
- Trabalhadores (1993) - documentário sobre o fim da era industrial
- Êxodos (2000) - retrato das migrações humanas
- Gênesis (2013) - projeto ambiental que durou oito anos
Salgado não apenas fotografou, mas também atuou como ambientalista. Junto com sua esposa, Lélia Wanick Salgado, criou o Instituto Terra, organização dedicada à recuperação da Mata Atlântica.
Reconhecimento internacional
O fotógrafo recebeu inúmeros prêmios ao longo da carreira, incluindo:
- Prêmio Príncipe de Astúrias das Artes (1998)
- Medalha da Paz do Centro Internacional de Fotografia (2019)
- Doutor honoris causa por diversas universidades
Seu trabalho foi exposto nos principais museus do mundo e publicado em livros traduzidos para dezenas de idiomas.
Uma perda irreparável
A morte de Sebastião Salgado deixa um vazio no mundo da fotografia e da arte. Seu olhar único, que combinava beleza estética com denúncia social, continua vivo em suas imagens atemporais, que seguirão inspirando gerações futuras.