
Parece que Hollywood finalmente acordou para o que nós brasileiros já sabíamos há tempos: Walter Salles é simplesmente genial. O cineasta, aquele mesmo que nos deu joias como Central do Brasil e Diários de Motocicleta, vai ser homenageado pelo Museu da Academia em Los Angeles — e olha, não é pra qualquer um.
No dia 17 de agosto, o lugar que guarda a história do Oscar vai se render ao talento desse diretor que, diga-se de passagem, tem o dom de transformar estradas em poesia e personagens em pedaços da nossa alma. A sessão especial vai exibir On the Road, adaptação do clássico beatnik que Salles levou para as telas com maestria.
Não é só filme, é legado
Quem conhece a trajetória do Walter sabe: o cara não faz cinema, ele tece histórias que grudam na gente feito chiclete na calçada em dia de verão. Desde Estação Central (que quase nos fez usar lenços de papel como acessório permanente) até seus documentários que cutucam a realidade com vara longa, tudo nele respira autenticidade.
E pensar que tudo começou com um curta em 1986 (Krajcberg, o Poeta dos Vestígios)... Hoje, décadas depois, o Museu do Oscar abre as portas para celebrar esse mineiro de Belo Horizonte que colocou o cinema brasileiro no mapa — e fez isso sem perder o sotaque.
Por que essa homenagem importa?
- É o reconhecimento de que o "cinema de estrada" de Salles virou linguagem universal
- Mostra que Hollywood está (finalmente) prestando atenção na produção fora do eixo tradicional
- Coloca o Brasil no radar dos grandes eventos cinematográficos — e não só durante o Carnaval
Ah, e tem mais: a sessão vai contar com um bate-papo especial com o próprio diretor. Imagina só ouvir ele falando sobre como transformou a estrada em personagem ou como consegue extrair performances tão brutais dos atores? Quem dera poder estar lá...
Enquanto isso, nós aqui do lado de cá do Equador podemos comemorar mais esse capítulo na carreira de um dos nossos maiores cineastas. Porque convenhamos: se tem alguém que merece esse holofote, é o Walter Salles — o cara que nos ensinou que até nas estações mais poeirentas do Brasil moram histórias dignas de Oscar.