
Quem diria que Brasília, cidade conhecida por seus traços modernistas e políticos de terno, está prestes a dar um salto no mundo das pliés e piruetas. Pois é, a capital federal está com um plano na manga — e não, não é mais um projeto de lei cheio de burocracia.
O Theatro Nacional, aquela joia arquitetônica que parece ter saído de um sonho futurista, quer trazer de volta seu corpo de baile. E não é só nostalgia: a ideia é formar uma nova geração de bailarinos que possam brilhar tanto quanto o concreto da cidade sob o sol do Planalto Central.
Não é só um passo, é um grand jeté
O projeto — que parece ter saído diretamente de um roteiro de filme — prevê muito mais que apresentações. Estamos falando de:
- Um programa de formação profissional em dança
- Parcerias com escolas e universidades
- Seleção de talentos em comunidades carentes
- Eventos que misturam balé clássico com expressões contemporâneas
"É como plantar um jardim onde antes só havia cimento", diz uma fonte envolvida no projeto, que prefere não se identificar. A metáfora pode parecer exagerada, mas faz sentido numa cidade que muitas vezes é vista como fria e distante da efervescência cultural.
Os desafios? Ah, eles existem...
Claro que não vai ser um passeio no Eixo Monumental. Entre os obstáculos estão:
- Verba limitada (surpresa, surpresa)
- Falta de tradição recente em formação de bailarinos
- Competição com outros polos culturais do país
Mas os idealizadores parecem determinados. "Se conseguiram construir uma capital no meio do nada nos anos 60, por que não conseguiríamos isso?", questiona um dos envolvidos, com um otimismo que beira a teimosia — no bom sentido, claro.
Enquanto isso, nas escolas públicas do DF, professores de arte já esfregam as mãos. "Finalmente uma oportunidade concreta para nossos alunos", comenta uma professora que prefere não se identificar. "Muitos têm talento, mas faltam portas abertas."
E você, acha que Brasília pode se tornar referência em balé? Ou será que esse projeto vai acabar como tantos outros — cheio de promessas e pouco resultado? Só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: a cidade nunca mais será vista apenas como a terra dos políticos e dos prédios de Oscar Niemeyer.