
Numa cena que parece saída de um filme de aventura, os agentes da polícia ambiental de Joinville se depararam com um residente incomum: uma jiboia de dar inveja a qualquer criador profissional. Com seus 2,5 metros de comprimento — praticamente o tamanho de um carro popular —, a serpente estava sendo tratada como bichinho de estimação numa casa do bairro Aventureiro.
E olha que interessante: o dono, que preferiu não se identificar, alegou ter "adotado" o animal após encontrá-lo em situação de risco. "Ela era tão dócil que comia direto da minha mão", contou, sem perceber o problema. Só que aí é que mora o perigo — ou melhor, a ilegalidade.
Lei é clara (e rastejante)
Segundo o tenente da polícia ambiental, manter animais silvestres em cativeiro sem autorização é crime ambiental. E não adianta argumentar que "ela não faz mal a ninguém". As jiboias, mesmo sendo não peçonhentas, são protegidas por lei. "É como ter um dinossauro no quintal — pode até ser legal, mas não é permitido", brincou o oficial, sem perder a seriedade do assunto.
A operação foi rápida:
- Apreensão do réptil sem incidentes
- Multa aplicada ao proprietário
- Animal encaminhado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres
Curiosidade: no dia da ação, 17 de julho, coincidentemente se comemora o Dia da Cobra. Ironia do destino ou planejamento divino? Quem sabe.
E agora, José?
A jiboia — que ganhou o apelido carinhoso de "Tica" pelos policiais — passará por avaliação veterinária. Se estiver em boas condições, será devolvida à natureza. Caso contrário, vai para algum criadouro autorizado. Já o "dono" pode responder por crime ambiental, com pena que varia de multa a detenção.
Moral da história: antes de adotar um pet exótico, lembre-se que algumas companhias são... digamos, um tanto quanto desmedidas. E a lei não engole sapo — ou nesse caso, cobra — por ninguém.