Um homem de 38 anos teve um momento de lazer transformado em uma cena de terror após ser atacado por um jacaré enquanto mergulhava nas águas do Rio São Francisco. O incidente ocorreu no último domingo (28), na cidade de Sento Sé, localizada no norte do estado da Bahia.
O ataque do jacaré durante mergulho
Conforme informações da TV São Francisco, afiliada da TV Bahia na região, o banhista estava aproveitando um momento de descontração com amigos quando foi surpreendido pelo réptil. O animal identificado foi um jacaré-de-papo-amarelo, espécie comum naquele trecho do rio, que também é frequentado por capivaras.
O ataque resultou em ferimentos significativos. A vítima sofreu lesões na cabeça e no pescoço. Imediatamente após a agressão, seus amigos conseguiram resgatá-lo das águas e prestar os primeiros socorros.
Resgate e motivação do animal
O atendimento de emergência foi realizado pela Brigada Força e Resgate. De acordo com a equipe de resgate, uma hipótese para explicar o comportamento incomum do jacaré foi levantada. Eles acreditam que na área do mergulho poderia haver uma ninhada do animal. Essa situação, de grande sensibilidade para a espécie, teria motivado o ataque, caracterizado como um ato de defesa do território e da prole.
Felizmente, o estado de saúde do homem permitiu uma recuperação inicial rápida. Ele recebeu os cuidados médicos necessários e já recebeu alta hospitalar.
Especialistas explicam comportamento do jacaré
A reportagem da TV São Francisco também ouviu biólogos para entender melhor o ocorrido. Os especialistas foram enfáticos ao afirmar que jacarés não costumam atacar pessoas, já que humanos não fazem parte de sua cadeia alimentar natural.
No entanto, eles destacaram que o jacaré-de-papo-amarelo é um animal bastante territorial. Em situações onde se sente ameaçado, especialmente próximo a seus filhotes ou ao seu espaço vital, pode reagir de forma agressiva como mecanismo de proteção. O caso em Sento Sé parece se encaixar neste contexto de defesa, e não de predação.
O incidente serve como um alerta sobre a importância de respeitar o habitat da fauna silvestre, mesmo em áreas frequentadas para lazer. A convivência com espécies nativas, como jacarés e capivaras no Rio São Francisco, exige consciência e distância segura para evitar conflitos.