
Imagine acordar no meio da madrugada com o som de rajadas de metralhadora tão próximas que pareciam estar no seu quintal. Foi exatamente isso que aconteceu com dezenas de famílias no Parque São Braz, em Salvador, por volta das 3h da manhã.
Segundo relatos dos moradores — ainda assustados e com a voz trêmula —, os disparos duraram mais de 15 minutos, num ritmo que alternava entre rajadas rápidas e tiros espaçados. "Parecia filme de guerra", desabafa Dona Maria, aposentada que mora há 30 anos no local.
O que se sabe até agora?
Detalhes são escassos, mas a Polícia Militar confirmou o confronto entre facções rivais. Dois homens foram encontrados feridos, mas, pasmem, nenhum deles quis prestar queixa. Típico, não?
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E o mais absurdo? Enquanto isso rolava, um motoboy seguia normalmente com sua entrega de comida, como se nada estivesse acontecendo. "Trabalho não pode parar", justificou, com uma calma que beira o surreal.
Reação das autoridades
A Secretaria de Segurança Pública prometeu aumentar o efetivo na região — promessa que, convenhamos, já ouvimos inúmeras vezes. Enquanto isso, os moradores seguem trancados em casa, trocando mensagens nervosas nos grupos de WhatsApp da comunidade.
"É sempre a mesma história", desabafa um comerciante local que prefere não se identificar. "A gente vira refém no próprio bairro."