Onda de Arrombamentos Aterroriza Cidade Velha: Moradores de Belém Vivem Sob Tensão
Onda de arrombamentos aterroriza Cidade Velha em Belém

Não é exagero dizer que o clima na Cidade Velha, coração histórico de Belém, está pesado. Pesado como o ar antes de uma tempestade. Uma sequência assustadora de arrombamentos de carros está tirando o sossego de quem mora e circula por lá, transformando o charme das ruas antigas em um cenário de apreensão constante.

Parece que todo mundo conhece alguém que foi vítima. O caso mais recente — e talvez o mais audacioso — aconteceu na Rua Padre Champagnat. Imagina só: o dono do carro estaciona, dá uma saidinha rápida e, quando volta, leva o maior susto. O vidro, estilhaçado. E o pior? Levaram tudo que estava dentro. Simplesmente sumiram com os pertences do cara. É de deixar qualquer um com os nervos à flor da pele, não é mesmo?

O Medo Virou Rotina na Vizinança

E não para por aí. Os relatos se multiplicam. Um morador — vamos chamá-lo de João, porque ele preferiu não se identificar, com medo de represálias — contou, com a voz ainda trêmula, que foi vítima duas vezes! Em menos de um mês! É como se os criminosos estivessem marcando a territory, agindo com uma tranquilidade que chega a ser aterradora.

O sentimento que predomina é uma mistura frustrante de impotência e medo. As pessoas estão mudando suas rotinas, evitando deixar qualquer coisa dentro do carro, mesmo que seja só uma mochila velha ou uma sacola de supermercado. A desconfiança virou lei. Quem passa pela rua com uma chave na mão já é olhado de canto de olho. É uma situação desgastante, que corrói o tecido da comunidade.

E a Polícia, o que Diz?

A Polícia Civil, por sua vez, confirmou que está investigando os casos. Eles sabem que não se trata de incidentes isolados, mas de uma verdadeira onda criminal. A orientação — que soa quase como um mantra repetido à exaustão para quem já foi vítima — é a de sempre: não deixar objetos à vista e reportar qualquer atividade suspeita imediatamente.

Mas, cá entre nós, será que só isso basta? A pergunta que fica, ecoando nas conversas de boteco e nos grupos de WhatsApp da região, é: quando é que a sensação de segurança vai voltar a essas ruas? Porque por enquanto, o que reina é o silêncio tenso — quebrado apenas pelo estalar de um vidro.