
Nada como o som de dezenas de motores rugindo em uníssono para fazer uma cidade parar e prestar atenção. E foi exatamente isso que aconteceu nesta segunda-feira (25) em São Luís — um protesto que misturava raiva, medo e, principalmente, uma esperança teimosa por mudanças.
O que motivou tanta gente a deixar suas rotinas e ocupar as vias? O desaparecimento repentino de um dos seus. Um motociclista, colega de estrada, que simplesmente sumiu sem deixar pistas, transformando a preocupação em ação coletiva.
O grito por segurança que ecoou nas ruas
Não era um protesto qualquer. Dava pra ver nos olhos de cada pessoa ali — aquela mistura de indignação com uma pitada de desespero. Eles não pediam milagres, só o básico: poder trabalhar e circular sem que a sombra do perigo seja uma companheira constante.
"A gente cansa de ter medo", comentou um dos organizadores, com a voz embargada. E não é pra menos? Quantos mais precisam sumir antes que a segurança vire prioridade de verdade?
Além do asfalto: a busca por respostas
Enquanto os motores faziam o clássico barulho de protesto, as conversas nos grupos de WhatsApp fervilhavam. Teorias, possibilidades, mas acima de tudo, a vontade de encontrar seu companheiro. A mobilização nas redes foi tão importante quanto o protesto físico — mostrando como a comunidade se sustenta na união.
O caso, agora nas mãos da polícia, ganhou um reforço e tanto: dezenas de pessoas dispostas a não deixar que vire mais uma estatística esquecida.
E agora? O que muda depois de um dia como esse? Difícil dizer com certeza — a sensação é de que a batalha é longa. Mas uma coisa é clara: ninguém vai baixar a guarda tão cedo. A pergunta que fica é simples: quantos protestos serão necessários até que vidas importem mais que números?