
A noite de sábado, que prometia ser de diversão, terminou em tragédia sangrenta na cidade de Mirassol. Tudo aconteceu num daqueles bailes funk que agitam a periferia — a batida pesada, a galera animada, a energia típica desses eventos.
Era por volta de 1h30 da madrugada quando a discussão começou. Ninguém sabe ao certo o motivo — talvez um olhar torto, uma palavra fora do lugar, aquelas bobagens que, no calor do momento, viram caso de vida ou morte. O clima, que antes era de festa, azedou num piscar de olhos.
Da Discussão ao Tiroteio: Minutos de Terror
Testemunhas contam que a briga escalou rápido, muito rápido. O jovem — vamos chamá-lo de Pedro, embora sua identidade ainda não tenha sido oficialmente divulgada — tentou se afastar. Mas não deu tempo.
Dois indivíduos, armados e decididos, perseguiram-no. Três tiros ecoaram na escuridão, cortando a música e substituindo o som da festa pelo pânico geral. Quando a poeira baixou, Pedro estava caído no chão, ferido gravemente.
O socorro veio rápido, mas já era tarde demais. Ele foi levado às pressas para o Hospital de Base de São José do Rio Preto, mas não resistiu. Os médicos tentaram de tudo — você sabe como é, aquela correria desesperada nas salas de emergência — mas os ferimentos eram simplesmente fatais.
Investigação em Andamento
A Polícia Militar agarrou o caso com unhas e dentes. Segundo o tenente Cassio de Souza Costa, que está coordenando as investigações, a briga começou dentro do baile mesmo, mas o desfecho fatal aconteceu do lado de fora.
"Estamos colhendo depoimentos e analisando imagens de câmeras de segurança da região", disse o tenente, com aquela voz séria de quem já viu cenas parecidas muitas vezes. "Os assassinos fugiram, mas vamos encontrá-los."
O que mais choca nesses casos — e olha que não é o primeiro, infelizmente — é a futilidade dos motivos. Uma discussão besta, um momento de fúria, e uma família inteira destruída. Pedro tinha apenas 21 anos, cara. Toda uma vida pela frente, cortada pela metade.
Um Padrão que se Repete
Não é novidade para ninguém que violência e bailes funk andam de mãos dadas — é triste dizer isso, mas é a realidade crua. Só neste ano, quantos casos parecidos já não vimos pelo interior paulista?
- Fevereiro: briga em baile em Ribeirão Preto termina com um ferido a faca
- Abril: confusão generalizada em evento similar em Bauru
- E agora, outubro: mais uma vida perdida em Mirassol
Parece um ciclo sem fim, não parece? A comunidade local está assustada — e com razão. Mães não querem mais deixar seus filhos irem a esses eventos, moradores reclamam da insegurança, todo mundo perde.
Enquanto isso, a políce continua nas buscas pelos executores. Dois homens — até agora apenas "suspeitos" — que transformaram uma noite de música em pesadelo. O corpo de Pedro foi encaminhão para o IML, e a família… bem, a família tenta entender o incompreensível.
Mais um nome na estatística triste da violência juvenil. Mais uma vida interrompida brutalmente. E a pergunta que fica é: quando é que esse ciclo vai finalmente se quebrar?