Tragédia na Romaria: Jovem de 19 Anos é Assassinado Durante Assalto em Aparecida
Jovem de 19 anos assassinado durante romaria em Aparecida

Era para ser um dia de fé, de renovação espiritual. Mas a violência urbana — essa praga que insiste em assombrar nosso cotidiano — transformou uma romaria em Aparecida num pesadelo sem volta. Na noite de sexta-feira, enquanto centenas de fiéis caminhavam em direção ao santuário, um jovem de apenas 19 anos teve sua vida interrompida de forma brutal.

O que aconteceu? Basicamente, o inaceitável se repetindo. Por volta das 23h30, na movimentada Avenida Getúlio Vargas, criminosos armados abordaram o grupo onde estava o jovem — que, segundo testemunhas, estava acompanhando a romaria como tantos outros peregrinos. Exigiram pertences. E quando a situação não evoluiu como esperavam, dispararam. Não uma, não duas, mas várias vezes.

Caos no coração da fé

O barulho dos tiros ecoou onde deveriam soar apenas cânticos e preces. O caos se instalou num instante. Pessoas correndo desesperadas, gritos, o som das sirenes se aproximando... Uma cena de guerra num lugar que simboliza paz.

"A gente vem pra cá buscando milagres, né? E acaba testemunhando uma tragédia dessas", contou uma senhora que preferiu não se identificar — o medo ainda falava mais alto. "É de cortar o coração ver um menino tão novo partir assim."

Quem era a vítima?

O jovem — cuja identidade foi preservada inicialmente pela polícia — era de Guaratinguetá. Tinha 19 anos apenas. Dezenove primaveras. Toda uma vida pela frente, interrompida num piscar de olhos. A família, naturalmente, está arrasada. Impossível não pensar nos pais, nos amigos, nos planos que nunca se realizarão.

Os investigadores do 1º DP de Aparecida assumiram o caso e trabalham com algumas linhas — mas, convenhamos, a sensação é de déjà vu. Mais um crime violento, mais uma família destruída, mais uma noite de terror numa cidade que deveria ser refúgio.

E agora?

O corpo foi encaminhão para o IML de Taubaté. A Polícia Civil já iniciou as investigações — coletando imagens de câmeras de segurança, ouvindo testemunhas, seguindo as pistas que possam levar aos responsáveis. Mas a pergunta que fica, e que dói na garganta, é: até quando?

Até quando romarias — esses momentos sagrados para tantos brasileiros — serão palco de violência? Até quando jovens terão suas vidas ceifadas por balas perdidas que, na verdade, nunca se perdem — sempre encontram alguém para destruir?

Enquanto isso, em Aparecida, a basílica continua recebendo fiéis. A fé resiste. Mas a pergunta que não quer calar é: até quando precisaremos pedir proteção divina contra a violência humana?