Jovem sofre ataque violento após sair de clube em Barra do Piraí: 'Achei que seria minha última noite'
Jovem atacada ao sair de clube em Barra do Piraí

Era para ser mais uma noite de diversão, sabe? Aquela descontração normal de domingo que se estende pela madrugada adentro. Mas o que começou como momentos leves entre amigos terminou em pesadelo puro - do tipo que faz você duvidar da própria segurança ao simplesmente caminhar pela cidade.

Aconteceu lá pelas 3h da manhã desta segunda-feira, no Centro de Barra do Piraí. Uma jovem de 23 anos - vamos chamá-la de Carla, porque ela merece esse anonimato - deixava o Clube Ipiranga quando a realidade deu um golpe brutal. Dois homens, armados e com aquela frieza que congela a alma, surgiram do nada. Ou melhor, das sombras da Rua Major Porfírio Henriques.

"Minhas pernas simplesmente travaram"

"Eu senti um calafrio percorrer toda a minha espinha", conta Carla, ainda visivelmente abalada. "Eles apareceram tão rápido, tão silenciosamente... Minhas pernas simplesmente travaram. O coração parecia querer sair pela boca."

Os bandidos - porque é isso que são, não vamos romantizar - exigiram seu celular e pertences. Mas a coisa não parou por aí. Um deles deu um soco no rosto da jovem, com uma força desproporcional, gratuita. A violência daquele golpe ecoou na rua vazia, um som seco e cruel que ainda ressoa na memória dela.

O que se seguiu foi uma correria desesperada. Os meliantes fugiram levando um aparelho celular e, pasmem, até mesmo os sapatos da vítima. Sim, os sapatos - porque aparentemente nada tem valor pequeno demais para essa gente.

O socorro e a solidariedade inesperada

Mas sabe o que é interessante em meio a tanta maldade? Como ainda existem pontes de humanidade. Um casal que passava pelo local - completos desconhecidos - parou para ajudar Carla. Deram água, acalmaram, chamaram a polícia. Pequenos gestos que, naquela hora, pesaram mais que ouro.

O Batalhão de Polícia Militar chegou rapidamente, segundo relatos. Fizeram o possível, é claro. Mas você sabe como é - sem muitas pistas concretas, fica difícil. A Delegacia de Polícia Civil assumiu o caso, mas até agora... bem, até agora o silêncio é o que mais fala.

Um problema que vai além de um caso isolado

O que me deixa pensando aqui: quantos "Carlas" existem por aí? Quantas pessoas têm suas noites de lazer transformadas em trauma? Barra do Piraí é uma cidade geralmente tranquila, mas episódios como esse servem de alerta - um daqueles alertas que ninguém quer receber, mas que precisam ser encarados.

A verdade é que a sensação de insegurança vai muito além das estatísticas. É aquilo que você sente na pele, literalmente. É o medo que te faz olhar por cima do ombro, que acelera seus passos, que transforma sombras em ameaças.

Enquanto isso, a busca pelos responsáveis continua. A Polícia Civil pede que qualquer pessoa com informações - por mais insignificantes que pareçam - entre em contato. Porque no fim das contas, segurança pública é responsabilidade de todos nós, não acha?

E Carla? Ela se recupera em casa, cercada pela família. Os hematomas no rosto vão sumir em alguns dias, mas o medo... bem, o medo é um hóspede que demora mais para ir embora.