
Parece que virou rotina. Uma daquelas notícias que se repetem com uma frequência desanimadora. Pela sexta vez só em 2025 — sim, você leu direito, sexta vez — uma escola municipal em Salvador acordou violada.
O caso aconteceu no bairro de São Cristóvão, e o pior é que a gente já perdeu a conta de quantos equipamentos sumiram. Computadores, materiais escolares, até merenda levaram. Coisa de quem não tem o menor respeito pelo futuro das crianças.
O prejuízo vai além do material
O que mais corta o coração nessa história toda é ver a diretora, dona de uma energia que já deveria estar esgotada, tendo que explicar mais uma vez para os pais que as aulas estão suspensas. De novo. Imagina a cena: crianças chegando animadas para estudar e encontrando a escola revirada, violada.
E não é só isso — a Secretaria Municipal de Educação emitiu um comunicado, daqueles cheios de formalidades, mas que no fundo esconde uma impotência gritante. Prometem reforçar a segurança, mas a pergunta que fica é: quando isso vai acontecer de verdade?
Uma comunidade cansada de esperar
Os moradores do entorno já estão esgotados. Dá pra entender — é a sexta vez que isso acontece! Seis vezes em menos de um ano. Parece piada de mau gosto, mas infelizmente é a realidade crua de quem depende do ensino público.
Alguns pais comentaram, com aquela voz cansada de quem já viu de tudo, que tá difícil acreditar que isso vai mudar. E quem pode julgá-los? Quando você vê a mesma cena se repetindo sem nenhuma consequência efetiva, a esperança vai se esvaindo.
O mais revoltante — se é que ainda dá pra escolher o que é pior nessa situação — é que os bandidos parecem conhecer cada centímetro da escola. Sabem exatamente onde estão os equipamentos mais valiosos, os materiais que podem ser revendidos. É uma sensação de invasão que vai muito além das paredes da escola.
E as crianças? O que fica?
O que me preocupa profundamente é o recado que fica para esses estudantes. Que tipo de lição estão aprendendo com essa repetição de violências? Que a educação não é prioridade? Que podem interromper seus estudos a qualquer momento por causa da ação de criminosos?
É desolador. Enquanto isso, as aulas seguem suspensas até que a situação seja normalizada — whatever that means numa realidade onde a normalidade parece ser justamente a violação constante.
Restauração dos danos? Sim, vão fazer. Novo sistema de segurança? Prometem. Mas e a sensação de segurança, como se restaura isso na mente de uma criança que vê sua escola sendo violada repetidamente?
A verdade é que Salvador precisa de respostas mais efetivas — e urgentes. Seis arrombamentos em uma mesma escola não é coincidência, é um padrão. E padrões exigem ações igualmente consistentes para serem quebrados.