O que era para ser mais uma terça-feira comum no movimentado Shopping Interlagos, na zona sul de São Paulo, transformou-se em cena de filme de ação — daqueles que ninguém gostaria de testemunhar na vida real. Por volta das 17h30 desta terça-feira (15), dois indivíduos armados simplesmente entraram no estabelecimento comercial como se fossem clientes quaisquer, mas tinham planos bem diferentes.
E não é que eles foram direto ao alvo? Uma loja específica, que vende acessórios e eletrônicos, foi o palco principal desse drama urbano. Testemunhas contaram, com a voz ainda trêmula, que os criminosos agiram com uma frieza que dava medo. "Parecia que faziam aquilo todo dia", comentou um segurança que preferiu não se identificar — e quem pode culpá-lo?
Minutos que pareceram horas
O que mais impressiona nesses casos é como o tempo parece desacelerar. Em poucos minutos — a polícia estima que a ação toda durou menos de cinco —, os bandidos:
- Renderam funcionários e clientes que estavam no local
- Anunciaram o assalto com armas em punho
- Recolheram celulares e outros objetos de valor
- Sumiram como fantasmas no labirinto do estacionamento
E sabe o que é mais revoltante? Ninguém conseguiu anotar a placa do carro usado na fuga. Os caras simplesmente evaporaram no trânsito caótico da Marginal Pinheiros.
O que ficou para trás
Além do prejuízo material — que ainda está sendo calculado, mas deve ser considerável —, ficou aquele sentimento de vulnerabilidade que ninguém merece. Funcionários da loja assaltada receberam apoio psicológico, porque convenhamos: ter uma arma apontada para sua cara não é exatamente uma experiência agradável.
O shopping, por sua parte, emitiu um daqueles comunicados padrão sobre "tomar todas as medidas de segurança" e "colaborar com as investigações". Mas você e eu sabemos que o estrago já estava feito.
Ah, e como não poderia deixar de ser, a Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio já abriu inquérito para investigar o caso. As câmeras de segurança estão sendo analisadas — pelo menos as que estavam funcionando, porque nessas horas sempre tem uma que "estava com defeito".
E agora, José?
Enquanto isso, os frequentadores do shopping ficam se perguntando: até onde vai a ousadia desses criminosos? Se nem dentro de um shopping center — com seguranças, câmeras e movimento — as pessoas estão seguras, onde estaremos?
Parece que a sensação de insegurança, essa sim, conseguiu escapar ilesa do shopping junto com os assaltantes.
