
Era para ser mais uma segunda-feira comum no comércio de São Vicente, mas o dia 14 de outubro de 2025 vai ficar marcado na memória de quem trabalha na Ótica Diniz, na movimentada avenida Antônio Emmerick. Por volta das 10h30 da manhã, o routine pacífico do estabelecimento foi interrompido de forma brutal — e eu não exagero ao dizer brutal.
Dois homens simplesmente entraram no local como se fossem clientes normais. Só que não eram. Em segundos, a máscara de normalidade caiu e revelou o que realmente eram: criminosos determinados, armados e, pelo que tudo indica, bastante familiarizados com o que faziam.
Cena de tensão e medo
O que se seguiu foi puro terror para as duas funcionárias que estavam trabalhando. Imagina só: você está arrumando aquela armação de óculos nova, pensando no almoço, e de repente se vê com uma arma apontada para você. É de gelar a espinha.
Os bandidos — porque é isso que são — não perderam tempo. Fizeram as mulheres de reféns, trancaram a porta e começaram o serviço deles: limpar o estoque. E não foram discretos não. Levaram tudo que tinha valor, desde armações até instrumentos de trabalho. Uma verdadeira limpa.
O mais aterrorizante? As funcionárias ficaram completamente sob controle dos criminosos durante todo o assalto. Não era um "rouba e sai correndo" — era um sequestro relâmpago, calculado e frio.
A fuga e o alívio amargo
Depois de fazerem a festa — às custas do susto alheio — os homens simplesmente saíram andando calmamente. Calmamente mesmo, como se tivessem acabado de comprar pão na padaria. Pegaram um carro e desapareceram no trânsito da cidade.
As funcionárias, ainda em choque, conseguiram acionar a polícia. A cena que os PMs encontraram era de caos: estoque revirado, o medo ainda pairando no ar, e duas mulheres tentando processar o que tinha acabado de acontecer com elas.
Felizmente, fisicamente elas estão bem. Mas trauma desse tipo não some com um passe de mágica. Vai levar tempo — e talvez algum acompanhamento — para superarem o que viveram.
O que as câmeras mostram
As imagens de segurança — que circulam por aí — são de cortar o coração. Dá para ver a frieza dos criminosos, a forma como se movimentavam pelo estabelecimento como se estivessem em casa, e o desespero mudo das reféns.
A Polícia Militar já tem as imagens e está investigando. Até agora, ninguém foi preso. Os homens continuam por aí, o que é preocupante para dizer o mínimo.
Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: até quando o comércio da Baixada Santista vai continuar refém desse tipo de violência? Porque não é o primeiro caso, e pelo andar da carruagem, dificilmente será o último.