O que deveria ser mais uma tarde comum no Jardim Santista, em Mogi das Cruzes, transformou-se rapidamente em um pesadelo. A cena — capturada com uma frieza quase cinematográfica pelas câmeras de segurança — mostra um adolescente de 17 anos sacando uma arma e efetuando nada menos que quatro disparos contra outro jovem.
Quatro tiros. É difícil até processar isso direito. A sequência toda aconteceu numa velocidade assustadora, mas as consequências poderiam ter sido eternas.
O momento do crime
As imagens são realmente perturbadoras. Dá pra ver o suspeito se aproximando da vítima com uma naturalidade que chega a ser sinistra. De repente, a arma aparece. O primeiro tiro ecoa, depois o segundo, o terceiro, o quarto... A vítima, milagrosamente, consegue reagir e foge do local. Correu pela vida, literalmente.
Parece filme, mas é a pura realidade — e das mais cruéis. O que leva um adolescente a cometer algo assim? A pergunta fica no ar, sem resposta fácil.
A prisão e a vítima
O tal do destino às vezes prega peças interessantes. Horas depois do tiroteio, por volta das 23h de domingo, a Polícia Militar localizou o adolescente — que, pasmem, estava na companhia da própria mãe. Foi apreendido sem resistência, mas a arma usada no crime não foi encontrada. Sumiu, como costuma acontecer nesses casos.
A vítima, outro jovem cuja identidade não foi revelada, sobreviveu. Teve sorte, muita sorte. Foi levada ao Hospital Municipal Dr. Waldomiro de Paula, onde recebeu atendimento e, felizmente, se recupera. Ninguém merece passar por isso, especialmente nessa idade.
O que acontece agora?
O adolescente apreendido vai responder pelo atentado à vida — tentativa de homicídio, na linguagem jurídica. Como é menor de idade, o caso será processado pela Vara da Infância e Juventude. A justiça juvenil é diferente, todo mundo sabe, mas a gravidade do fato é inquestionável.
Enquanto isso, a Polícia Civil continua investigando. Quem forneceu a arma? Havia motivação anterior? São peças de um quebra-cabeça que precisa ser montado com urgência.
Esse caso me faz pensar: até onde vai a banalização da violência entre nossos jovens? Quarto tiros em plena luz do dia, num bairro residencial... O sinal de alerta não poderia estar mais vermelho.
