Tragédia em SC: Policial morto em acidente recebe homenagem emocionante de mais de 50 colegas
Policial morto em SC recebe homenagem emocionante de colegas

Era pra ser mais um dia normal. Mas o destino — esse artista caprichoso — decidiu pintar o cenário com cores de luto. Na última terça (16), um acidente brutal na BR-470, em Santa Catarina, roubou a vida do sargento PM Anderson Martins, 38 anos. O carro dele colidiu de frente com um caminhão. Sim, aquele tipo de notícia que a gente lê e pensa: "Poderia ser eu".

Mas o que veio depois? Ah, isso é que dá um nó na garganta. Mais de 50 colegas de farda — alguns com os olhos vermelhos, outros mordendo os lábios pra não chorar — se reuniram no pátio do 5º Batalhão da Polícia Militar em Brusque. Formaram um corredor humano. E aí, no meio desse silêncio que doía, a bandeira do Brasil desceu a passo lento.

O adeus que virou lição

Você já viu um pelotão inteiro tentando disfarçar o tremor no queixo? Pois é. Enquanto o corpo do sargento era levado, alguém soltou um "presente!" que ecoou feito trovão. Os tiros de honra — aqueles que doem nos ouvidos e na alma — foram a despedida de quem dedicou 15 anos à corporação.

"Ele era daqueles que chegava antes do horário", contou um cabo que preferiu não se identificar. "O tipo que dividia o café mesmo quando a garrafa térmica estava no fim." Detalhes pequenos? Talvez. Mas são esses cacos de memória que agora viram cola pra família.

O outro lado da tragédia

Enquanto isso, no hospital... O motorista do caminhão, um senhor de 56 anos, lutava entre a vida e a morte. Ironia cruel: dois destinos cruzados numa curva que ninguém viu chegar. A PRF ainda tenta entender se foi cansaço, distração ou aquela fração de segundo que muda tudo.

E a família? Ah, a família. A viúva — mulher forte, daquelas que segura o choro na frente dos outros — recebeu a bandeira dobrada com mãos trêmulas. "Ele amava essa profissão", disse pra reportagem, enquanto a filha pequena apertava uma foto do pai.

No final, o que fica? Talvez a lição de que heroísmo não está só nas grandes ações, mas nos dias comuns. Nos cafés compartilhados, nos plantões extras, no jeito como um homem de farda pode — mesmo sem querer — ensinar sobre coragem até no adeus.