Policiais são absolvidos de tortura após agredir e queimar estudantes com cigarro em São Paulo
PMs absolvidos após queimar estudantes com cigarro

O que você faria se visse dois policiais militares agredindo e queimando adolescentes com cigarros dentro de uma escola? Pois bem, essa cena horrível realmente aconteceu — e o desfecho está deixando muita gente com um gosto amargo na boca.

Dois PMs que praticaram essas barbaridades contra alunos de uma escola estadual em São Paulo acabaram de ser... absolvidos. Sim, você leu direito. A justiça considerou que não havia provas suficientes para condená-los por tortura e fraude processual.

O dia em que a farda perdeu o respeito

Imagine a cena: 2017, uma escola como qualquer outra. De repente, dois policiais militares decidem que podem fazer o que bem entendem com estudantes. Segundo as testemunhas — e aqui a coisa fica pesada — os PMs não só agrediram os jovens como chegaram ao cúmulo de apagar cigarros em seus corpos.

Queimar alguém com cigarro não é "excesso de força", me desculpem. É pura crueldade. É aquele tipo de coisa que dói só de imaginar.

E o pior? Os próprios colegas de farda testemunharam contra eles. Dois soldados contaram tudo ao Ministério Público, descrevendo cada detalhe dessa noite que provavelmente ainda assombra os estudantes.

O veredicto que ninguém entendeu

Agora vem a parte que realmente faz a cabeça doer. O juiz Rafael de Carvalho Pires, da 1ª Vara do Júri de São Paulo, simplesmente arquivou o caso. A justiça — com J maiúsculo — decidiu que as provas não eram convincentes o suficiente.

Mas espera aí: temos testemunhas, temos relatos consistentes, temos vítimas... o que mais seria necessário? Um vídeo em 4K com áudio surround?

O magistrado alegou que os depoimentos tinham "discrepâncias". Como se alguém que passa por um trauma desses fosse se lembrar de cada segundo com precisão cirúrgica. O cérebro humano simplesmente não funciona assim quando está sob extremo estresse.

E as vítimas? Cadê a justiça para elas?

Enquanto os PMs respiram aliviados — e provavelmente continuam nas ruas —, os estudantes carregam não só as marcas físicas, mas as psicológicas. Que tipo de mensagem estamos passando para esses jovens?

Que podem confiar nas autoridades? Que a justiça funciona? Difícil acreditar nisso quando quem deveria protegê-los se torna o agressor — e ainda sai impune.

O caso me lembra aquela velha frase: "Para quem tem privilégios, a justiça é branda; para quem não tem, é rigorosa". Parece que alguns ainda vivem numa realidade paralela onde farda dá carta branca para tudo.

O que esperar daqui para frente?

O Ministério Público não gostou nem um pouco dessa decisão e já anunciou que vai recorrer. A promotora Camila de Paula Bussoloti, que acompanha o caso, deve entrar com um recurso tentando reverter essa absolvição que, convenhamos, cheira mal.

Enquanto isso, a população fica se perguntando: até quando? Até quando casos assim vão se repetir? Até quando a sensação de impunidade vai corroer a já frágil confiança nas instituições?

Uma coisa é certa: o debate sobre violência policial e impunidade está longe de acabar. E casos como esse só jogam gasolina nessa fogueira que já queima há décadas no país.

O que você acha? Essa absolvição faz sentido ou é mais um capítulo triste da nossa justiça? A resposta, infelizmente, parece óbvia para a maioria de nós.