Tragédia na Romaria: PM Morre Baleado em Assalto Durante Festa de Aparecida
PM morto em assalto durante Romaria de Aparecida

Era pra ser um dia de fé, de renovação espiritual. Mas o que aconteceu na última Romaria de Aparecida transformou devoção em tragédia. Um policial militar, rapaz de apenas 31 anos com toda vida pela frente, teve seu destino interrompido de forma brutal e covarde.

O sargento PM — vamos chamá-lo de André, porque por traz da farda havia um ser humano — estava de folga, curtindo o momento religioso como qualquer outro fiel. Quem diria que entre preces e cânticos, o perigo se aproximaria assim, traiçoeiro?

O Dia que Virou Pesadelo

Aconteceu tudo muito rápido, como costuma ser nessas situações. Dois indivíduos — a polícia ainda trabalha para identificá-los — resolveram que a romaria seria o cenário perfeito para seu golpe. Aproximaram-se do policial, exigiram seus pertences. E quando ele reagiu, como qualquer profissional treinado faria, veio o tiro. Aquele tiro que não só atingiu um homem, mas feriu a confiança de todos que estavam ali.

O caos se instalou instantaneamente. Gritos, correria, o som dos tiros ecoando onde deveria haver apenas orações. Enquanto os bandidos fugiam — sempre fogem, não é mesmo? —, o sargento André caía. E com ele, a sensação de segurança que tantos buscavam naquele lugar sagrado.

Corrida Contra o Tempo

O socorro veio rápido, é verdade. Colegas policiais que também estavam no local — ironia do destino, estavam ali como fiéis, não como profissionais — prestaram os primeiros cuidados. Mas o estrago era grande demais. Transportado às pressas para o Hospital Municipal, o policial lutou pela vida. Lutou com a mesma bravura com que enfrentava o crime no dia a dia.

Mas algumas batalhas, infelizmente, são perdidas ainda antes de começarem. Na madrugada seguinte, por volta da 1h30, seu coração parou de bater. E uma família perdeu um filho, uma esposa perdeu um marido, a corporação perdeu um irmão de farda.

O que Fica Além da Dor

Agora, enquanto a Polícia Civil mergulha fundo nas investigações — e tomara que encontrem esses criminosos logo —, ficam as perguntas que ninguém quer fazer, mas que precisam ser feitas. Até quando nossos momentos de fé serão violados pela violência? Como proteger os fiéis quando nem mesmo um policial armado está seguro?

O caso me lembra aquela frase que sempre repetem: "a criminalidade não escolhe hora nem lugar". E pelo visto, não respeita nem mesmo a santidade dos espaços religiosos. É de cortar o coração, sinceramente.

Enquanto isso, o IML de Taubaté prepara-se para liberar o corpo — triste destino para quem dedicou a vida a proteger outros. E a Polícia Militar, abalada mas não derrotada, promete não descansar até que justiça seja feita.

Que essa tragédia sirva de alerta — embora seja um alerta que ninguém deveria precisar receber. E que o sargento André descanse em paz, lembrado não pela maneira como partiu, mas pela vida que viveu servindo ao próximo.