
Era pra ser mais um dia comum. Aquele trajeto de ônibus que a gente faz no piloto automático, sabe? Mas o que aconteceu na linha 221 da Piracicaba Transportes na última sexta-feira foi qualquer coisa menos comum. Uma cena que deixou uma passageira — vamos chamá-la de Ana — literalmente em estado de choque.
Ela me contou, com a voz ainda meio trêmula, que notou algo estranho vindo da poltrona à sua frente. Um policial militar fardado — sim, fardado — parecia estar... bem, envolvido em algo completamente inadequado para o espaço público.
O momento do registro
"Minha mão tremia tanto que quase derrubei o celular", confessou Ana. "Mas eu sabia que precisava registrar. Era minha palavra contra a de um PM."
O vídeo, que dura cerca de 20 segundos, mostra o uniforme característico da Polícia Militar. A posição do policial — segundo Ana — deixava poucas dúvidas sobre a natureza do ato. E o pior? Ele parecia completamente alheio aos outros passageiros.
O que aconteceu depois
Quando o ônibus parou no Terminal Central, o policial desceu normalmente. Ana, ainda atordoada, permaneceu no veículo. "Fiquei paralisada. Meu corpo simplesmente não respondia", descreveu.
Ela só conseguiu tomar uma atitude quando chegou em casa: procurou a Corregedoria da PM. O caso agora está sendo investigado — embora, segundo fontes, o policial já tenha negado tudo.
Um padrão preocupante?
O que mais me impressiona nessa história toda é o descaramento. Num espaço público, lotado de gente, um representante da lei agindo como se estivesse num quarto fechado. Isso sem falar no constrangimento dos demais passageiros.
Será que casos assim são mais comuns do que imaginamos? Ou foi um incidente isolado de um profissional que perdeu completamente a noção?
A PM, por sua vez, emitiu uma nota padrão: "Tomamos conhecimento dos fatos e instauramos procedimento para apurar com rigor". Mas Ana, e os outros passageiros que presenciaram a cena, precisam de mais do que palavras.
Enquanto isso, em Piracicaba, uma mulher ainda se recupera do choque. E um policial continua nas ruas — fardado, representando uma instituição que deveria zelar pela nossa segurança, não por nosso constrangimento.