
A tarde desta sexta-feira, 11 de outubro de 2025, não foi como qualquer outra no bairro Guarapes, na Zona Oeste de Natal. O que começou como um dia comum rapidamente se transformou em cenário de guerra urbana. Por volta das 15h, o silêncio foi quebrado por estampidos secos que ecoaram pelas ruas — e não eram fogos de artifício.
Um grupo de policiais militares, em rotina de patrulhamento, se viu no meio de um confronto direto com criminosos fortemente armados. A situação escalou rápido, muito rápido. Troca de tiros, gritos, correria. No calor do embate, um dos PMs acabou atingido. A bala não escolheu — simplesmente encontrou seu alvo.
O socorro emergencial
Imediatamente, o protocolo de emergência foi acionado. Colegas não pensaram duas vezes — carregaram o ferido e correram contra o tempo. O Samu chegou rápido, mas cada minuto parecia uma eternidade. Enquanto isso, a região do confronto foi completamente isolada. Ruas fechadas, comércios com portas baixadas, moradores em pânico trancados em casa.
O policial baleado foi transportado às pressas para o Hospital Municipal João Machado. Lá, uma equipe médica já aguardava em regime de plantão. Cirurgia de urgência — essas duas palavras resumiam a gravidade da situação.
O que se sabe até agora
Segundo informações preliminares da própria PM, o estado do policial é estável, mas preocupa. Ele está sob observação constante na unidade de saúde. A pergunta que fica no ar: até quando nossos agentes de segurança vão continuar pagando com a própria pele por uma guerra que parece não ter fim?
Enquanto isso, a operação policial na região continua — e com reforços. Há relatos de que os criminosos envolvidos no confronto conseguiram fugir, aproveitando a confusão do momento. A Polícia Militar não revelou quantos homens estavam no grupo armado, mas testemunhas falam em pelo menos quatro indivíduos heavily armed.
O que me deixa pensando: será que algum dia vamos conseguir quebrar esse ciclo de violência que transforma bairros inteiros em zonas de guerra improvisadas?
O retrato de uma cidade dividida
Natal, com suas belezas naturais incontestáveis, mostra também sua face mais cruel em episódios como este. A Zona Oeste, em particular, tem sido palco frequente de confrontos entre facções rivais — e a polícia está no meio desse fogo cruzado constante.
Moradores da região relatam que a situação tem piorado nos últimos meses. "A gente vive com medo", confessou uma senhora que preferiu não se identificar. "Não dá mais para sentar na calçada, as crianças não podem brincar na rua. Virou terra de ninguém."
Enquanto o policial ferido se recupera no hospital, a pergunta que não quer calar: quantos mais vão precisar ser baleados antes que algo mude de verdade?