Justiça libera PM acusado de executar marceneiro com tiro na cabeça em SP — caso revira opinião pública
Justiça libera PM que matou marceneiro com tiro na cabeça

Eis que a Justiça paulista resolveu soltar o policial militar que, em meio a uma abordagem que já nasceu errada, acabou com a vida de João Pedro Mendes — um marceneiro de 27 anos que tinha tudo pela frente. O caso, que aconteceu no Jardim São Luís, Zona Sul de São Paulo, no último dia 20, segue tirando o sono de quem acredita que algo precisa mudar.

O PM já estava detido desde aquele dia — acusado de homicídio doloso (com intenção de matar, pra deixar claro). Mas aí vem um habeas corpus e... plim. Soltura. A defesa do policial argumentou que a prisão era ilegal. Que ele não representava risco e que não ia fugir. A decisão saiu da 2ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de SP.

Segundo a versão que correu solta nas redes e nas quebradas, João Pedro estava dentro de um carro — um HB20, prata — quando foi abordado. Testemunhas contam que ele já estava imobilizado no chão quando leva um tiro na cabeça. Um tiro. Na cabeça. Não deu chance.

Do outro lado, a Polícia Militar garante que houve troca de tiros. Diz que João Pedro reagiu e atirou contra os PMs. Mas aí a perícia entrou em cena — e não encontrou nenhuma arma com o marceneiro. Nada. Zero. Só o corpo dele, caído.

O caso tomou uma proporção gigante. Virou assunto na rua, no busão, no zap. Porque não é só mais um. É mais um negro, jovem, trabalhador, que morreu nas mãos de quem devia proteger.

Agora, com o PM solto, a pergunta que fica é: e aí, Justiça? Cadê o peso da lei quando a vítima é preta e periférica? O caso segue sob investigação, mas a soltura já deixou um gosto amargo na boca de quem esperava por respostas — e não por mais uma cena de impunidade.