
Era uma noite como qualquer outra em Paranáiba — até que o pesadelo começou. Uma mulher, cujo nome não foi divulgado por questões de segurança, teve sua vida virada de cabeça para baixo pelo homem que um dia jurou amá-la. Quatro facadas. Quatro golpes que poderiam ter sido fatais.
Mas ela não estava disposta a ser mais uma estatística.
Fuga desesperada sobre duas rodas
Sangrando profusamente — quem já levou um corte sequer de papelão sabe como dói —, a coragem falou mais alto. Com adrenalina bombando nas veias, ela pulou na moto e acelerou como se a vida dependesse disso (porque dependia). O ex-companheiro, claro, não esperava por essa reação. Homens assim nunca esperam.
"Ela dirigiu por cerca de 1 km antes de desmaiar", contou um vizinho que preferiu não se identificar. O cheiro de gasolina misturado com ferro do sangue, o zumbido nos ouvidos, a visão turva... Tudo isso enquanto tentava manter a moto em pé. Quase uma cena de filme, só que horrivelmente real.
O socorro que chegou a tempo
Quando acharam ela — moto caída, corpo quase sem reação —, os socorristas não acreditaram que ainda estava consciente. "Um dos feridos foi no peito, perto do coração", relatou um PM que atendeu a ocorrência. Sorte? Instinto de sobrevivência? Difícil dizer.
- Ferimento no tórax
- Cortes profundos nos braços (tentativa de defesa, claro)
- Perda significativa de sangue
Depois de uma cirurgia de emergência no Hospital Regional, o estado dela foi considerado estável. Mas e o estado emocional? Isso ninguém mede com aparelhos.
O agressor: mais um 'homem de bem'?
O suspeito — porque é assim que se chama alguém que tenta matar outra pessoa — fugiu. Clássico. A Polícia Civil já sabe quem é (era companheiro, agora é réu) e deve cumprir mandado de prisão em breve. Será que vai chorar na delegacia como choram tantos outros?
Enquanto isso, Paranáiba — cidade pacata onde todo mundo se cumprimenta na rua — tenta digerir mais um caso de violência que escancara o que muitos preferem ignorar: o perigo mora ao lado. E às vezes, divide a mesma cama.